Os congressos partidários são sempre momentos de encontro entre dirigentes que estão na ribalta e outros que fazem parte do acervo histórico do partido. Matam-se saudades, partilham-se experiências e até há lugar para o típico desfile das figuras de proa dos partidos. Em congresso neste fim de semana, o PS/M não é exceção. A liderança está fechada, Carlos Pereira é o chefe legitimado, mas a ocasião é propícia à catarse, aos encontros e ao desabafo dos militantes.
Desde Duarte Caldeira a Liliana Rodrigues, passando por Rita Pestana a Vítor Freitas, este XXVII Congresso tem congregado gente há muito afastada da dinâmica do partido. Lembremo-nos, por exemplo, da aguerrida dirigente e deputada socialista Rita Pestana, hoje a marcar presença no Madeira Tecnopólo, em sintonia com a renovada direção do partido, liderada por Carlos Pereira e Sofia Canha.
Mas que dizer dos militantes que marcaram uma era ao nível das autarquias? Também estes a participarem na Reunião Magna. É disso exemplo, Gil França, de Santa Cruz, que durante anos travou um combate aceso contra a política social democrata da Câmara local.
No calor das campanhas eleitorais e da discussão interna, muitas farpas são atiradas, entram e saem líderes no PS/M, mas o que se verifica neste Congresso é que o momento é de reunião em torno do líder que se segue, Carlos Pereira. O ex-líder Mota Torres, recentemente crítico da aposta de Carlos Pereira a independentes no conselho regional do partido, marca igualmente presença, assim como outros. Os históricos Duarte Caldeira, António Loja, Emanuel Jardim Fernandes e Arlindo de Oliveira deram-se ao trabalho de participar num congresso que promete dar um novo fôlego ao partido.