Roberto Vieira fica fora da Assembleia mas fará oposição firme e sem medo

roberto vieira
O “erro pessoal” de concorrer coligado e não sozinho ditou a exclusão do MPT da AR.

A partir do domingo eleitoral, o MPT está fora da Assembleia. O seu líder regional, Roberto Vieira, assume o “erro pessoal” mas garante que “não baixa os braços” e vai continuar a fazer “uma oposição firme e sem medo”. O dinheiro é necessário mas não o preocupa: “Sempre fiz oposição com o meu ordenado e vou continuar a fazê-lo.”

O principal erro é assumido por Roberto Vieira, “a decisão pessoal de ter acordado concorrer na Coligação Mudança e não sozinho, como pretendia também o líder nacional do partido”. Os resultados foram “péssimos”. Se tivesse concorrido sozinho, tem a certeza de que seria eleita, dadas as manifestações da população.

No entanto, tem esperança na possibilidade de o PSD perder a maioria absoluta na sequência da recontagem dos votos. Acredita mesmo que a CDU poderá eleger o terceiro deputado e salienta que o partido de Edgar Silva mereceu o bom resultado obtido no domingo.

Quanto à ascensão surpreendente da JPP, Roberto Vieira diz tratar-se de um “fenómeno igual ao do José Manuel Coelho há quatro anos”. Por outras palavras, salienta que “vai começar a perder força daqui a quatro anos. Além disso, não se sabe bem a área política deste partido, se é de direita ou de esquerda. Vai ter quatro anos para mostrar o que vale e se definir”.

Quanto à eleição de José Manuel Coelho, é do conhecimento público que o líder do PTP está profundamente insatisfeito com os resultados globais da Mudança. Roberto Vieira explica que “os madeirenses têm memória curta e rapidamente transformam um candidato de bestial a…odiado. Quando surgiu, o José Manuel Coelho foi um fenómeno porque dizia as verdades sem medo. Agora os eleitores foram atrás de outro fenómeno”.