Funchal ou Saigão?

SONY DSC

Luís Rocha e Rui Marote

Quem, sendo adulto de meia-idade, não se lembra dos tempos em que, no Funchal, locais nobres do centro como a Praça do Município estavam reduzidos ao papel de estacionamento de carros ao ar livre? Nem se conseguia enxergar direito a calçada portuguesa, tal era o estacionamento selvagem. Em boa hora se proibiu o parqueamento de carros naquela zona. Mas, com o advento tão propalado da crise, muitos foram os que ‘emigraram’ dos automóveis para as motos e motorizadas. Pois é, semore dá para poupar muito mais combustível, mesmo que o condutor se arrisque a usar os próprios dentes como pára-choques em caso de acidente.

Uma outra vantagem das motas, grandes ou pequenas, é que, geralmente, quanto ao estacionamento, ninguém chateia. É o caso do passeio situado em frente ao centro comercial do Infante: são tantas as motorizadas ali estacionadas, que o transeunte pode imaginar-se teletransportado para uma qualquer ‘Saigão’ do terceiro mundo.