Ruínas do Forte de São Filipe levam proteção

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As ruínas do Forte de São Filipe, na Praça da Autonomia, estão a ser alvo de uma intervenção oficial no sentido de vedar o acesso dos transeuntes e consequente destruição desta memória histórica.

Esta mostra arqueológica tem gerado alguma discussão, já que uns a consideram inestética na renovada Praça da Autonomia. Goste-se ou não, faz parte da História Militar da Madeira e urge preservar, sem afetar a sua visualização. Vai daí a urgência de vedar o acesso, prevendo eventual vandalismo ou morada de algum sem-abrigo.

Na placa informativa que complementa estas ruínas, fica-se a saber que “a estrutura foi erguida em 1581 como complemento da defesa da baía do Funchal, após a desastrosa ocupação corsária de 1566, localizando-se entre a Ribeira de Santa Luzia e Ribeira de João Gomes. Desde 1580, a coroa portuguesa passara para Filipe II de Espanha e I de Portugal. Após a restauração da independência de Portugal em 1640, foi sempre guarnecida por forças militares madeirenses e era diante do seu Portão de Armas que se estabeleciam as vigias e as rondas do Funchal, daqui partindo para a Fortaleza de São Tiago a nascente, e para as Fortalezas de Nossa Senhora da Conceição e de São José, a poente da baía. No último quartel do século XIX, perdida a sua função militar, foi vendida pelo Ministério da Guerra e deu lugar à construção de um grande armazém. Mais tarde, devido às obras de canalização da Ribeira de Santa Luzia, e na incapacidade de manter a estrutura “in situ”, esta foi restaurada no local, a uma cota superior, mantendo viva na memória coletiva a importância da arquitetura militar portuguesa ao longo dos séculos”.

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