“Liceu” organiza a V edição do MadeiraMUN na Assembleia Legislativa

Realizou-se, na passada segunda-feira, 22 de abril, a 5ª edição do MadeiraMUN, na casa da democracia, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira. Durante um dia, quarenta e dois alunos de cinco escolas da Região debateram o impacto das migrações no mundo atual.

Nesta iniciativa, organizada pela equipa do programa Parlamento dos Jovens da Escola Secundária Jaime Moniz, estiveram presentes alunos da Escola Secundária Francisco Franco, da Escola Básica e Secundária de Machico, da Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol, da Escola Complementar do Til – Apel e da Escola responsável pela organização do evento, Escola Secundária Jaime Moniz.

O Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira,  José Manuel Rodrigues, enalteceu, na sessão de abertura a que presidiu, a escolha do tema, pela sua pertinência e atualidade.

Também a presidente da Escola Secundária Jaime Moniz,  Ana Isabel Freitas, no seu discurso de abertura, sublinhou a importância da Educação para o desenvolvimento não só do Ser Humano enquanto ser individual, mas também, e consequentemente, do mundo em geral. Citando António Damásio, “se não houver educação maciça, os seres humanos vão matar-se uns aos outros”. Ana Isabel Freitas refletiu sobre a profundidade e dúvidas da afirmação do investigador Damásio. Após a junção de outras reflexões de estudiosos, a presidente do conselho executivo da ESJM declarou: “Uma educação maciça deve ser uma educação integradora, de qualidade, que a todos prepare para responder aos desafios de um futuro incerto”. Além disso, respondendo ainda às inquietações suscitadas pelos investigadores, defendeu que “a educação deve estimular a capacidade de reflexão, o pensamento crítico, apontar caminhos para que não aceitemos o dado como certo, sem questionamento, para que não consideremos o falso como verdadeiro, com vista à aquisição de uma visão mais objetiva do real , que permita “apreciar o que são os outros seres humanos” (Damásio). Acreditemos que uma educação de qualidade é capaz de mudar uma pessoa e, através dela, mudar o mundo, ajudando na construção de melhores relações”.

Ao longo de todo o dia, os alunos, Delegados de países com assento na Organização das Nações Unidas, apresentaram e debateram várias moções relacionadas com o tema da Educação enquanto direito fundamental, nomeadamente o acesso à educação por minorias, o acesso a uma educação de qualidade, entre outros.

Mais uma vez, os estudantes tiveram a oportunidade de alargar a sua visão do mundo e o seu conhecimento no que diz respeito às relações internacionais e ao papel da ONU, levando ao desenvolvimento do seu espírito crítico, da sua consciência social, bem como dos tão importantes soft skills. O MUN ambiciona educar os seus participantes relativamente a questões cívicas, de comunicação eficaz, globalização e diplomacia multilateral, tendo esse objetivo sido claramente atingido.

Na sessão de encerramento, o Secretário Regional da Educação, Ciência e Tecnologia, Jorge Carvalho, alertou os alunos-delegados para o facto de o acesso à educação ser um problema que nos afeta a todos, sendo, por isso, fundamental que todos nos envolvamos na sua discussão, principalmente as gerações mais novas.

No final do debate, foi atribuído o prémio de melhor delegado ao aluno da Escola Básica e Secundária de Machico, José Guilherme Malaca Pereira, delegado da Nigéria, pela sua postura e pertinência das suas intervenções. O Prémio de Consciência Social Bernardo Flor Rodrigues foi, este ano, entregue à aluna da Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol, Lara Carolina Gomes e Gomes, que representou o Níger.