Comunistas criticam problema de transportes do Porto Santo

A CDU foi hoje no Porto Santo para defender uma política de transportes que dê resposta às necessidades dos porto-santenses e que seja potenciadora do desenvolvimento económico e social da “Ilha Dourada”.

Ricardo Lume, no decurso de uma acção de contacto com a população do Porto Santo denunciou que “a política de transportes aéreos e marítimos promovida pelo Governo da República e pelo Governo Regional é um “espartilho” que não só limita a mobilidade dos porto-santenses como  condiciona o desenvolvimento económico e social do Porto Santo”.

A realidade insular da ilha do Porto Santo continua a ser marcada por graves constrangimentos quanto ao sector dos transportes aéreos e marítimos, vectores estratégicos para a vida dos pessoas que vivem neste território, apontam os comunistas.

2Não é aceitável que a nível de transportes marítimos de passageiros e mercadorias o serviço não esteja ajustado ao que melhor serve o Porto Santo e os porto-santenses, mas sim o que melhor serve os interesses do armador monopolista  para potenciar os seus lucros”, diz uma nota.

“Como é possível que o Porto Santo continue a não ter ligação marítima de passageiros todo o ano? Como é possível  que só exista uma viagem ferry  por dia do Funchal para o Porto Santo de manhã e uma viajem ferry do Porto Santo para o Funchal ao final da tarde?”, questionam os comunistas.

E para mais, vêm somar-se a esta realidade os condicionamentos nas ligações aéreas entre a Madeira e o Porto Santo, fruto da incapacidade do Governo da República assegurar mais de 2 voos diários entre as duas ilhas no contrato de concessão de serviço público, assim como não é aceitável os sucessivos adiamentos da implementação do novo contrato de concessão de serviço público que já devia de estar em vigor a partir de Abril de 2022, aponta a CDU.

“Com o fim da  prorrogação  do anterior contrato de concessão que termina agora a 21 de Abril faz com que seja impossível marcar viagens entre a Madeira e o Porto Santo a partir dessa data, condicionando  a actividade económica do Porto Santo e a mobilidade dos porto-santenses”, criticam os comunistas.