JPP classifica como “ruinoso” para a RAM e pouco claro o negócio do teleférico

O JPP veio referir-se novamente ao “negócio ruinoso” para a RAM, do teleférico no Curral das Freiras.

Segundo o líder do JPP, “ao contrário do que disse o Governo Regional PSD/CDS e PAN, de que toda a documentação do processo do Teleférico do Curral das Freiras é publica, e de que não havia nada esconder, a verdade é que esta semana tivemos de ir novamente para Tribunal para poder revelar aos madeirenses toda a verdade”.

“Graças ao trabalho de fiscalização do JPP, hoje os madeirenses passarão a conhecer que poderemos estar perante mais um negócio ruinoso para os cofres da Região, pois o estudo de viabilidade económico-financeiro que o JPP teve acesso mostra, claramente, que o teleférico dos Curral das Freiras previa facturar, em 2024, mais de 5,1 milhões de euros ao ano, mas apenas pagará uma renda fixa de apenas 2 mil euros ao mês. Não fica, também, claro se os mapas de análise previsional contam com as receitas da restauração e do Parque Aventura”, acrescentou Élvio Sousa.

O líder parlamentar do JPP, revelou alguns dos contornos ruinosos do negócio: “Na verdade, aquele investimento estima facturar pelo menos 5,1 milhões ao ano (e com facturação sempre a aumentar) e vai pagar de renda aos cofres da Região apenas 2 mil euros ao mês, ou seja, 24 mil euros ao ano. Uma verdadeira pechincha. Mas o mais grave, é que estamos perante uma concessão, não a 20 ou 30 anos, mas sim a 60 anos, cujo valor de renda fixa é de apenas 1,4 milhões ao fim desses sessenta anos. Tudo isto vem adensar a natureza ruinosa e alegadamente danosa desta concessão, que vamos continuar a investigar.”, afirmou.

Na sala de imprensa do Parlamento Regional, Élvio Sousa, criticou a actuação pouco transparente do Governo Regional nesta matéria, dizendo que “este assunto ainda cheira mais a esturro, quando é o próprio Governo PSD/CDS e PAN que não entregou ao JPP todas as “provas”, ou seja, um conjunto de 13 documentos essenciais solicitados ao Instituto de Florestas, essenciais para os madeirenses perceberem a natureza do negócio, tais como a “memória descritiva e fontes de financiamento”; a “componente variável da contrapartida”; o “plano estratégico da intervenção”; o “programa de planeamento de trabalhos e actividades” e o plano de exploração e manutenção”, concluiu.