Rui Marote
O autor deste texto ainda se recorda do tempo em que, na antiga Avenida do Mar, existiam três gasolineiras; uma na actual Praça da Autonomia, outra onde está instalado um quiosque dos gelados, e uma terceira nas proximidades do edifício Infante. Todas desapareceram graças à edilidade, na altura.
No campo do Almirante Reis, em frente à antiga sede do CS Marítimo e junto a uma creche que já não existe, havia também uma, que deu origem ao actual parque de estacionamento.
É de recordar a polémica do presidente Virgílio Pereira presidente da Câmara, em autorizar na ponte do Mercado o posto de reabastecimento de combustíveis, com floristas à mistura, junto ao Mercado dos Lavradores; durou poucos anos e acabou por ser demolida, com a edilidade funchalense a indemnizar os proprietários.
Depois seguiu-se a febre de instalar bombas de gasolina nas ribeiras. A ribeira de Santa Luzia chegou a ter duas gasolineiras: uma delas na Ponte de Pau, e que mais tarde foi transferida para a rua 31 de Janeiro, que ainda hoje está em funcionamento.
A mais de uma centena de metros de distância da outra, na entrada para a Rua do Til, em cima da ribeira, surgiu um novo posto de reabastecimento, que em boa hora foi encerrado e demolido, mas que deixou vestígios. Só agora foi reposta a situação original, graças à Secretaria de Infraestruturas, que a demoliu finalmente, depois de três secretários regionais por lá passarem.
Autoriza-se a construção mas quando fazem a entrega do espaço a Secretaria acaba por acarretar com as despesas para repor a paisagem.
As fotos que publicamos são da ribeira de Santa Luzia voltando às origens. O povo reivindicou durante a campanha eleitoral e já foi anunciada uma gasolineira na zona da Ajuda; resta saber o local e as normas de segurança.