Sérgio Gonçalves veio apontar fogo cerrado ao “caos instalado na saúde”, considerando-o “a prova mais do que evidente da necessária e urgente mudança governativa na Madeira”.

O presidente do PS-Madeira denunciou crescentes dificuldades dos madeirenses no acesso à saúde, situação que já era particularmente grave com as intermináveis listas de espera, mas que piorou com o ciberataque ao SESARAM há já mais de um mês.

Gonçalves, cabeça-de-lista do PS-M  às eleições legislativas regionais do próximo dia 24, e que almeja ser presidente do Governo Regional, afirma que o Executivo falhou redondamente neste campo e não cumpriu os compromissos que havia assumido.

O líder socialista não aceita que as pessoas vejam a sua situação clínica agravar-se a cada dia, mês ou ano que passam à espera de uma consulta, cirurgia ou exame de diagnóstico, sem que o serviço lhes dê a resposta atempada que necessitam.

“Miguel Albuquerque prometeu que ia resolver o problema das listas de espera, mas o que verificamos foi que houve uma duplicação das mesmas, passando de 63 mil para mais de 118 mil actos médicos, e isto é intolerável”, afirma.

A tutela, entretanto, tentou encobrir esta situação ao perpetrar um apagão intencional de várias especialidades médicas, acusa. “É a saúde das pessoas que está em causa e ela não pode continuar à mercê da incompetência deste Governo Regional”.

O candidato critica ainda a “forma displicente” como a tutela tem gerido o caso do ciberataque ao Serviço de Saúde, situação com consequências gravíssimas e que está a condicionar o acesso dos madeirenses a vários cuidados e serviços, comprometendo ainda os seus dados pessoais.

“Continuamos sem uma explicação do secretário regional da Saúde e da própria presidente do SESARAM, que preferem remeter-se ao silêncio e enfiar a cabeça na areia como se o problema estivesse resolvido, quando todos sabemos que não está”, censura.