José Manuel Rodrigues defendeu, hoje, a importância do Mar para a economia regional e criticou a falta de vontade “de certos sectores do Estado”, partilharem a gestão dos mares com as Regiões Autónomas.
“Hoje, de novo, o Mar volta a ser uma Causa regional, pois é uma fonte incomensurável de recursos e é com certeza a última fronteira do conhecimento, onde está a nossa maior riqueza”, começou por referir José Manuel Rodrigues na sessão de abertura da conferência “Portugal e o Mar – A Engenharia Azul”, promovida pela Ordem dos Engenheiros, no Centro de Congressos da Madeira.
“Sendo as ilhas que dão esta dimensão oceânica a Portugal, não se compreende a resistência de certos sectores do Estado a uma gestão partilhada desses mares em parceria com as Regiões Autónomas”, apontou.
“O chumbo do Tribunal Constitucional a essa gestão conjunta dos mares dos arquipélagos é um duro golpe na coesão nacional e a expressão mais visível do centralismo que continua a reinar na República”, criticou o presidente do parlamento madeirense.
Falando da biodiversidade marítima, apontou ainda as diferentes actividades ligadas ao mar para dizer que ainda “está por contabilizar o valor das mesmas para a riqueza regional e para o emprego. “Estima-se que ultrapassa os 10 por cento da nossa economia, com receitas a rondar os 450 milhões de euros por ano”.