Sérgio Gonçalves considera que existe o Governo Regional e o PSD estão desnorteados, e criticou, a este respeito as declarações do presidente da Câmara do Funchal de que o prolongamento do molhe da Pontinha seria para proteger o Funchal de tsunamis.
“Querer incutir o medo nos madeirenses para justificar mais uma obra desnecessária onde vão ser enterrados milhões e milhões de euros é querer, uma vez mais, enganar a população”, afirma Sérgio Gonçalves. “É preciso acabar com este modelo de cimento e de betão na Região e criar oportunidades para todos os madeirenses, para que deixemos de ser uma terra de cimento e passemos a ser uma terra de rendimento”.
O presidente do PS-Madeira considerou, hoje que não há quaisquer diferenças entre os governos de Miguel Albuquerque e os que o antecederam. Falava na Camacha, junto à denominada Fábrica das Moscas, no âmbito das jornadas parlamentares socialistas, subordinadas ao tema ‘Obras inventadas: Falhanços do Governo, prejuízos para os Madeirenses’, ao abrigo das quais os deputados visitaram diversas infraestruturas que atestam os “investimentos loucos” e as “obras fictícias e desnecessárias” que foram feitas ao longo dos anos e que motivaram a comissão de inquérito que decorre na Assembleia Legislativa da Madeira.
O líder dos socialistas apontou como exemplos a marina do Lugar de Baixo, o heliporto do Porto Moniz, o Penedo do Sono ou a fábrica das algas, no Porto Santo, a fábrica das moscas, ou ainda a piscina do Curral das Freiras, que tem uma utilização diminuta. Uma série de investimentos que, vincou, “continuam a custar milhões e milhões de euros ao erário público”.
Sérgio Gonçalves não esqueceu igualmente o facto de, desde que Miguel Albuquerque é presidente do Governo, já terem sido injectados mais de 240 milhões de euros nas Sociedades de Desenvolvimento, valores que “seriam muito melhor canalizados para prioridades da habitação, como são os casos da Habitação e da Saúde”.