
Enquanto Sérgio Marques desvaloriza, num programa da RTP-Madeira, as suas declarações polémicas sobre o Governo Regional e a sua relação com os grandes grupos económicos da RAM, dizendo que nada do que disse é novidade, o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, mostrou algum enfado esta segunda-feira, quando questionado sobre os jornalistas sobre o assunto, e deu a entender que encarava a atitude de Marques como uma traição. O governante falava à margem de uma visita ao Mudas-Museu de Arte Contemporânea da Madeira, na Calheta.
“Não vou desviar um milímetro da trajectória e dos objectivos que estão neste momento em jogo”, referiu Albuquerque, recusando comentar se lhe retiraria a confiança política. Para o líder do executivo madeirense, a concretização do programa de Governo é o que interessa.
“Todas essas especulações, opiniões sobre o passado, novelas… Eu não quero saber disso para nada”, menorizou.
“Cada um com as suas responsabilidades. Eu assumo as minhas, governar e cumprir o meu programa”, acrescentou.
Admitiu que “cada um pode ter a sua opinião”, mas disse que o que saiu no DN de Lisboa “são especulações, não são factos”.
Questionado sobre se existem pressões de grupos económicos a condicionar a acção governativa, negou que tal seja verdade. como “toda a gente sabe”.
Também se recusou a comentar a polémica que gira em torno de Paulo Cafôfo, neste momento em que está a ser investigado pelo MP sobre a sua gestão camarária no Funchal, dizendo “desconhecer”.
Referiu, por outro lado, que “há um princípio bíblico” que diz: “Quanto sentires pedras nas costas, lembra-te da última pessoa a quem fizeste o bem”.
No PSD “só está quem quer estar”, disse, esquivando-se a comentar se Sérgio Marques não deve estar.