Secretaria de Pedro Ramos justifica rupturas em medicamentos

A Secretaria Regional da Saúde e Protecção Civil veio dar conta do investimento na área do medicamento, que, afirma, continua a ser uma aposta do Governo Regional. “São despendidos anualmente mais de 80 milhões de euros em medicamentos, cerca de 40 milhões através do SESARAM, EPERAM e cerca de 40 milhões em comparticipações através do IASAÚDE”, refere um comunicado.
“O investimento em medicamentos inovadores está também em crescendo no Serviço Regional de Saúde nos últimos anos, sendo que em cinco anos passou de 8% para 30%”, assegura-se.
“O envelhecimento demográfico, as doenças crónicas e a introdução de novos medicamentos aumentam as necessidades em saúde, a que o Serviço Regional de Saúde procura responder com qualidade e segurança. Existem doentes que exigem investimentos entre 20 mil a 500 mil euros, mas não fica ninguém para trás”, assegura a Secretaria de Pedro Ramos.
A título de exemplo, só no primeiro semestre de 2022 o valor investido na dispensa de medicamentos no Serviço de Saúde da RAM ultrapassou os 22 milhões e em 2021 ultrapassou os 42 milhões de euros. Em termos de comparticipações através do IASAÚDE, no primeiro semestre deste ano já atingiu os 21,9 milhões de euros e em 2021 totalizou 41,5 milhões de euros.
Acerca dos medicamentos comparticipados pelo IASAÚDE nas farmácias comunitárias, importa aclarar que essas comparticipações saem do Orçamento da RAM e não do Estado Português, refere o Governo Regional.
“Apesar dos constrangimentos decorrentes da pandemia e da guerra na Ucrânia (que já dura há 9 meses) o Serviço Regional de Saúde tem procurado manter e assegurar uma reserva estratégica de medicamentos, bem como garantir a reposição de medicamentos em tempo útil.  Perante eventuais falhas pontuais de determinados fármacos, o Serviço Regional de Saúde procura avaliar todas as soluções alternativas de modo a salvaguardar a continuidade das terapêuticas. Em caso de ruptura de fármacos urgentes, são accionadas alternativas, como o recurso aos fornecedores, às unidades privadas de saúde da Região ou a unidades públicas do Serviço Nacional de Saúde”, explica-se.
“A ruptura de fármacos não é uma realidade exclusiva dos Serviços de Saúde e é, pois, extensível às farmácias comunitárias, pelo que, perante a ausência de algum medicamento nas farmácias comunitárias, é recomendado o contacto com o Centro de Saúde para que sejam equacionadas soluções alternativas”, refere a SRSPC.