Novo plano pastoral: Bispo não quer cristãos calados mas a caminhar ao ritmo do Espírito Santo

Deixem-se imbuir pela ação do Espírito Santo, numa escolha clara pela Vida, desafiou D. Nuno Brás. Foto FN

Um Bispo entusiasmado com as maravilhas que o Espírito Santo pode criar na vida dos cristãos. Foi desta forma, viva e apaixonada, que D. Nuno Brás anunciou, hoje, na Igreja do Colégio, perante movimentos e grupos de apostolado, o novo plano pastoral da Diocese para 2022-2023, tendo por tema central “O Espírito Santo faz-nos Testemunhas da Vida do Ressuscitado”.

O Espírito Santo leva tudo pela frente, transforma e tudo renova. Acreditem, apelava, de forma fervorosa, na sua intervenção D. Nuno Brás, e verão depois o que lhes acontece, tal como os discípulos. O Bispo não quer cristãos calados, silenciados nas sacristias, mas a assumirem a vida nova no Espírito do Ressuscitado. Um desafio a marcar o ano pastoral que agora começa.

Foto Duarte Gomes

Para fazer compreender a centralidade do Espírito Santo na vida de cada cristão, D. Nuno Brás fez um simples flasback histórico-teológico, entrou pelos Atos dos Apóstolos adentro e mostrou como os discípulos de Jesus, antes cheios de medo e escondidos de todos, passaram a defender com coragem e a curar em nome de Jesus, após Pentecostes, ou seja, com a efusão do Espírito Santo. É este tesouro que o Bispo quer reacender no coração de cada batizado da Diocese do Funchal, como o pilar da dinâmica pastoral deste e do próximo ano.

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Puxando também da sua dimensão de professor, o Prelado da Diocese explicou pedagogicamente que se está perante uma Igreja que “escolhe a Vida”, contra uma cultura de morte que por vezes domina a sociedade do nosso tempo. Nesta linha, é preciso entender “o Espírito Santo como o respirar de Deus. Todos nós respiramos o Espírito do Ressuscitado. Jesus é aquele que respira o Espírito do Pai. A Santíssima Trindade é a união do pai com o filho no Espírito Santo”.

Foto FN
Foto Duarte Gomes.

Nesta lógica da fé, “Jesus partilha o Espírito com os discípulos, aquilo que São Paulo chama a vida nova no Espírito. Acolhendo essa vida nova, tudo nos discípulos passou a respirar Jesus. Deixam de ser discípulos para serem Cristo porque receberam o Espírito de Cristo, passando assim a ser membros do corpo de Cristo, ou seja, cristãos. Eles deixaram-se envolver, respirar pelo Espírito de Jesus. Quando o Espírito do Ressuscitado toma conta dos apóstolos e os faz viver ao ritmo de Jesus Ressuscitado, há uma vida nova, há missão”. Por isso, como Atos, 4, 20 “Já não podemos calar o que vimos e ouvimos”. Neste sentido, o Bispo da Diocese do Funchal desafiou à participação da comunidade: “Nós, cristãos, não podemos deixar de falar, ainda que apanhemos muitas sovas, justificadas e injustificadas, muitas vezes para dizerem “caladinhos! Não saiam da sacristia!”. Nós não podemos deixar de falar. Se o fizéssemos, morreríamos, deixaríamos de ser discípulos missionários”.

Foto Duarte Gomes.
Foto FN.

 

Foto Duarte Gomes.

Posteriormente, D. Nuno Brás enumerou as várias linhas de ação, nomeadamente incrementar a participação do Sacramento do Crisma, preparar as Jornadas Mundiais da Juventude à luz da vida nova, reforçar a atenção aos jovens e criar grupos juvenis nas paróquias, dinamizar as festas do Espírito Santo, buscar caminhos de fraternidade pós-pandemia e promover a ajuda a quem precisar.

Num segundo momento, os responsáveis pelos movimentos e grupos da Igreja fizeram a sua apresentação e enunciaram as linhas gerais da sua missão e atividades em agenda, mostrando assim a pluralidade de participações comunitárias que enriquecem a Igreja, desafiada mais do que nunca a caminhar ainda mais ao ritmo do Espírito Santo.

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