A Iniciativa Liberal veio constatar, em comunicado, a realidade de, no espaço de uma semana, terem-se verificado cinco agressões graves na Madeira, três delas por esfaqueamento.
O partido relembra que, a 7 de Outubro de 2020, a 12 de Novembro de 2020, a 8 de Fevereiro de 2021 e a 10 de Maio deste ano, a Iniciativa Liberal Madeira tomou posição sobre a questão da segurança, principalmente no Funchal. “Ou melhor dizendo, da percepção de insegurança que os cidadãos da cidade têm. Voltamos ao assunto que de mês a mês se torna, infelizmente, de maior actualidade”, lamentam os responsáveis da IL.
O partido entende que “o consumo de drogas, bem como o abuso do álcool, constituem uma ameaça à democracia e ao desenvolvimento, pois factores de criação de dependência. Vale a pena reflectir sobre como mudou o nível de segurança do centro do Funchal e em algumas freguesias. Onde antes a avaliação e mitigação de riscos eram consideradas algo assente, agora a situação está completamente descontrolada”, acusam os liberais.
Por mais robusto que o plano de segurança, se é que existe, fosse, urge sentar polícia, agentes judiciais, câmara e governo à volta de uma mesa para que a situação actual seja rapidamente mitigada, recomenda a IL, dizendo que é “urgentíssimo” reagir ao risco.
“Estes não são conceitos novos. Se aqueles que têm a responsabilidade de proporcionar segurança, seja ela real, seja ela percepcionada, não o fizerem, a situação só irá piorar”, conclui a Iniciativa Liberal.
“O centro da cidade, no eixo que vai do Largo Jaime Moniz até à Sé, ao qual se devem adicionar ruas e largos adjacentes, preocupa os cidadãos, dado se ter transformado num mercado de venda e consumo de drogas e álcool, com todos os problemas que isso acarreta, no que diz respeito à segurança, propriedade privada e visibilidade. Não temos soluções milagrosas, mas estas existem e terão sempre que ser o resultado de conversas descomplexadas e abertas entre entidades responsáveis que, irresponsavelmente, continuam de costas voltadas”, acrescenta o partido.
A IL recomenda combater com a maior eficiência possível o tráfico, alertar os estabelecimentos da zona para ajudem a controlar a venda de álcool, maior presença física das autoridades, criar equipas móveis de saúde (física e mental) de intervenção rápida.
Por outro lado, a escola “tem um papel fundamental na prevenção destes fenómenos. Devem ser envidados todos os esforços no sentido de termos uma comunidade escolar informada do perigo que a droga e o álcool representa. Os serviços prisionais devem ser também chamados, uma vez que uma parte significativa da população prisional está ligada, directa ou indirectamente, à criminalidade induzida pela droga e/ou pelo álcool”, entende a IL.
“Com ambição”, preconiza esta força política, “será possível identificar mercados de drogas e traficantes de rua, agir com rapidez minorando problemas, fazendo assim valer que estas actividades têm de parar e depressa”, como fruto de um “esforço colaborativo entre polícias (PSP, GNR, PJ), serviços prisionais, prestadores de cuidados médicos e de saúde mental, agentes da justiça, ONG’s, Governo Regional e Câmara Municipal do Funchal”.
“Queremos a nossa segurança de volta”, sublinha a Comissão Coordenadora da Iniciativa Liberal.