“Confiança” acusa CMF de fraude política nas contas e vota contra

A equipa da “Confiança” na reunião camarária desta semana no Funchal, votou contra a proposta de contas de 2021 cuja opção política do actual presidente prevê a desistência dos processos judiciais que protegiam os funchalenses dos aumentos dos tarifários de águas e resíduos contabilizando unilateralmente os montantes em litígio como prejuízos, refere uma nota.

“Por detrás da encenação propagandística deste executivo municipal, o relatório das contas de 2021 mostra que, num ano fortemente condicionado pelas consequências económicas da pandemia, há a destacar não só o aumento do investimento e o apoio prestado a famílias, associações e empresas, mas também a redução da dívida em 700 mil euros, o cumprimento do equilíbrio orçamental em 1,6 M€, a inexistência de quaisquer pagamentos em atraso a fornecedores e uma capacidade de endividamento superior a 80 milhões de euros, que atesta a boa gestão da Confiança”, referem os responsáveis pela mesma.

Voto contra mereceu também o pedido de empréstimo, que aumenta o endividamento municipal em quase 8 milhões de euros, para pagar a obra da ETAR com tratamento primário, que o Governo Regional se comprometeu a custear, desde que ficasse localizada no Lazareto, recordam.

O Governo Regional recusou-se a ceder os terrenos para implantar a obra, obrigando a CMF a um longo processo de expropriação, e apenas aceitou fazer um contrato programa de 3 milhões de euros para este projecto já depois das últimas eleições autárquicas, refere um comunicado desta estrutura política na edilidade funchalense.

“Estamos na presença uma fraude política onde as opções do actual presidente, ao promover uma mudança nos critérios contabilísticos e permitir que o Governo Regional rasgue os compromissos com o Funchal, mostram não hesitar em prejudicar todos os funchalenses com aumentos colossais nas facturas da água”, refere o vereador Miguel Silva Gouveia, acusando o actual executivo de estar submisso às imposições do Governo Regional.

A Confiança votou ainda favoravelmente ao do Plano de Acção para a Energia Sustentável e Clima que foi vinha sendo desenvolvido nos últimos anos, e viabilizou o aumento de volumetria para um projecto de arquitectura destinado a uma casa de acolhimento da Fundação Cecília Zino.