Rui Marote
Estepilha, brincamos apenas, estamos longe de comandar o que quer que seja… Mas alertámos e passados alguns dias executam. Que assim seja, Ámen!
Hoje fomos surpreendidos na rampa de São Lázaro com a azáfama à volta da lancha dos pilotos “Ilhéu do Lido”, que há mais de meio ano, varada, tomava banhos de sol e de lua.
Hoje cinco trabalhadores da APRAM davam inicio às pinturas, renovando as entretanto desvanecidas pelo raios solares. Isto uma vez que as peças a serem substituídas já chegaram ou estão a caminho.
Entretanto, no cais norte, o desejado “elevador” está concluído e as portas de vidro na Rua Virgílio Teixeira estão já colocadas, depois de longos meses.
Sabemos que o nosso alerta sobre a necessidade de uma caleira que evite que as águas pluviais entrem no fosso do elevador da Sá Carneiro foi atendido, protegendo o elevador durante as chuvas. O apropriado dispositivo deverá ser colocado nos próximos dias.
Amanhã o “pai da criança”, Pedro Calado, ao final da tarde visitará as obras do elevador, embora os serviços camarários nada tenham a ver com os Portos. Mas já o diz a letra da canção:- “Mas quem será? Mas quem será? Mas quem será o pai da criança, eu sei lá, sei lá”…
A grande novidade no Porto do Funchal foi a chegada do novo “brinquedo”, a moto 4, à qual esta tarde os trabalhadores portuários efectuaram um teste.
Trata-se de um dos “brinquedos” adquiridos. para usar duas vezes no ano.
Há muito que o Estepilha não conta uma história que se adapta ao assunto em causa.
Nos anos 40 e 50 na noite de Natal colocávamos os sapatos na lareira para que nessa noite o Pai Natal colocasse os presentes no sapatinho.
Recordo ter recebido um carrinho de folha que tinha uma chave a que dávamos corda, e o carro deslizava.
Brincávamos com o carrinho algumas horas, mas os pais obrigavam-nos a colocá-lo de novo na árvore de Natal ao final do dia.
Encerrada as festas de Natal, os brinquedos eram colocados numa caixa de sapatos e só voltávamos a vê-los no próximo Natal.
Nos dias de hoje tudo é diferente… Mas no porto do Funchal há quem sonhe com brinquedos que não são de folha nem de corda, enquantoaquinas e carros apodrecem aguardando recuperação.
Temos um exemplo: as famigeradas mangas (duas) que só funcionaram uma meia dúzia de vezes e ainda estão aguardando o seu desmantelamento. Custaram milhares de euros.
O mesmo vai acontecer com esta moto 4 que tinha a finalidade de facilitar a amarração dos cabos
Lá foi altura que os cabos dos navios eram em aço. Hoje os materiais são muito mais leves. A moto vai diminuir o numero de trabalhadores…? Para que não se possa requisitar à Tecnovia mão de obra de construção civil, como assim aconteceu no final de ano? Mas afinal este brinquedo terá outra finalidade: já não é para os cabos, mas sim servir as operações “turnaround”. Pior a emenda que o soneto.. Por ano isto poderá realizar-se duas vezes e o brinquedo, como diz a história fica guardado para ano que vem.