O PCP esteve hoje numa acção de contacto com a população, para defender o acesso gratuito ao medicamento para utentes com mais de 65 anos, doentes crónicos e famílias com carência económica. No decurso desta acção política, o deputado do PCP, Ricardo Lume, declarou: “Não raras vezes somos confrontados com notícias que dão conta que os utentes não compram todos os medicamentos que lhe são prescritos, ou que não cumprem escrupulosamente as indicações terapêuticas. E tal acontece em grande medida porque não dispõem de meios económicos que lhes permitam adquirir a medicação”.
Aliás, os factores socioeconómicos (baixo nível de rendimento, o desemprego, a falta de estabilidade no emprego) são, de acordo com vários estudos e a Organização Mundial de Saúde, barreiras à aquisição dos medicamentos e, por conseguinte, ao cumprimento das recomendações e das prescrições medicamentosas efetuados pelos médicos assistentes. Ou seja, são factores que interferem negativamente na adesão terapêutica e, por consequência, no tratamento da doença e no prognóstico, dizem os comunistas.
A realidade mostra também que os doentes com mais de 65 anos, assim como os doentes crónicos, estão mais propensos ao desenvolvimento de mais doenças, pelo que têm custos mais elevados com a aquisição dos medicamentos. Acresce ainda que, na maior parte dos casos, são pessoas com baixos rendimentos, pelo que é de elementar justiça diminuir os custos com a medicação e desta forma aumentar a acessibilidade à terapêutica, entende o PCP.
“Vivemos numa Região onde mais de 42 mil pessoas são idosas e que em média auferem uma pensão de reforma de 362€. Com as baixas pensões e reformas muitos dos nossos idosos têm de optar por fazer as compras no supermercado ou comprar os medicamentos, optar entre pagar a renda da casa ou pagar as contas da água e da luz”, alerta o partido.