JPP publicou estudo encomendado pelo GR para o aeroporto da Madeira

A inoperacionalidade do Aeroporto da Madeira é um grave problema para a Região, com consequências dramáticas para a economia regional. Esta é uma das conclusões de um estudo encomendado pela própria Secretaria Regional do Turismo e Cultura à Universidade da Madeira (UMa), mas cujos resultados nunca foram divulgados, referiu ontem o líder parlamentar do JPP, Élvio Sousa.

O “Juntos pelo Povo”, no trabalho de acompanhamento e fiscalização da acção governativa, pediu em Novembro de 2021, uma cópia do “Estudo Impacto Económico da Inoperacionalidade do Aeroporto Internacional da Madeira – Cristiano Ronaldo”, tendo apenas tido acesso ao documento já no fim de Janeiro, tornando-o disponível para consulta no sitio da internet do partido: https://juntospelopovo.pt/inoperacionalidade-aeroporto-madeira/.

“Mais uma vez, o JPP substitui-se ao próprio Governo Regional na divulgação de informação estratégica para a Região, tornando-a publica à população no seu portal da transparência”, refere o partido.

Com este estudo verifica-se a urgência de concretizar um verdadeiro Plano de Contingência para o Aeroporto da Madeira, utilizando o Aeroporto do Porto Santo e uma ligação ferry entre o Porto Santo e o Caniçal, solução esta que tem vindo a ser defendida pelo JPP, mas sem resultados práticos.

Isto porque o estudo refere os impactos económicos para a Região, em situações de inoperacionalidade, que passam por reflexos imediatos no PIB, percentagem de desemprego e um impacto negativo na imagem do destino da Região a partir do exterior. Também é referido que, caso “se assuma que 20% dos passageiros afectados por um cancelamento não retomam o impacto será de 34,06 milhões de euros/ano em termos de PIB e de 7,05 milhões/ano de receita fiscal”.

“Se associarmos a esta informação a recente situação pandémica, cujos impactos em vários sectores, como o turismo, foram catastróficos, percebemos a importância de concretizar soluções à inoperacionalidade do Aeroporto da Madeira, aliás, como o próprio Governo acabou por confirmar no Plano de Desenvolvimento Económico e Social da Região Autónoma da Madeira 2030”, acrescentou Élvio Sousa.

“Com o novo ciclo que se inicia na República, e com os compromissos assumidos pelos representantes da Madeira no Parlamento Nacional, os madeirenses esperam ver resolvida esta situação, de uma vez por todas”, conclui o JPP.