Continuam o vandalismo e os assaltos no centro do Funchal

O FN tem insistentemente relatado o mau ambiente que se faz sentir no centro da cidade com a proliferação de toxicodependentes, alcoólicos e outros indivíduos simplesmente desocupados, todos sob a capa de “sem abrigo”, dando mau nome aos verdadeiros sem-abrigo, que também os há, inofensivos. Desta feita, foi um estabelecimento situado atrás da Escola Francisco Franco a ser roubado, e a insurgir-se contra o facto, publicando fotos do ladrão na rede social facebook.

O estabelecimento “Bora Lá Comer Funchal” veio ontem mostrar publicamente na sua página “o nosso desagrado como é lógico com os assaltos que andam a fazer cada vez mais pela zona do Funchal”, assaltos esses que os responsáveis do estabelecimento se lamentam de não terem consequências. E publica, de forma ilustrativa, as fotos que aqui reproduzimos.

“(…) quando são agarrados são considerados esquizofrénicos ou doentes mentais (que de facto são) porque andam no Bloom ou noutras drogas mas que vêm chatear quem trabalha e quem dá o litro pelas suas coisas e luta por uma vida melhor”, insurgem-se.

“Já é a segunda vez que isto acontece num espaço de 2 meses. Estamos revoltados (…)”, confessam. “(…) se fosse um de nós a roubar alguma coisa para comer íamos presos e pagávamos por isso, mas como é esta bandidagem que nem têm onde cair mortos está tudo certo”, lamentam os donos do estabelecimento.

O seu lamento vem juntar-se ao de vários outros comerciantes que já viram as suas lojas assaltadas ou vandalizadas no eixo da Rua Fernão de Ornelas/Rua 31 de Janeiro/Rua do Carmo/Rua do Bom Jesus/Rua João de Deus/Praça do Carmo/Rua Alferes Veiga Pestana/Rua das Hortas, etc.

Locais onde os ditos “sem-abrigo” também não hesitam em por vezes incomodar agressivamente cidadãos, ou mesmo que os assaltar com recurso a violência ou intimidação de arma branca.

A ausência de policiamento apeado na maioria destas artérias concorre para que a situação não se resolva, bem como a própria natureza desestruturada da situação social de muitas destas pessoas. Porém, entre elas, a par de histórias trágicas, desengane-se quem pensa que não há também ladrões empedernidos.

Também não faltam tentativas de assalto, ou mesmo assaltos bem sucedidos, a residências na zona, bem como ocupação de casas devolutas, o que por vezes resulta mesmo em incêndios.

As respostas sociais e policiais para este problema ficam muito aquém da actual necessidade. O centro do Funchal, onde proliferam os hotéis de cidade, tem hoje em dia uma população “marginal” que vandaliza, rouba, destrói, e frequentemente se envolve em conflitos que degeneram em pancadaria, gritos, dissensões e onde por vezes são puxadas navalhas.

À atenção das entidades competentes…