A autarquia santacruzense emitiu hoje um comunicado intitulado “A elite sabichona”, na qual refere que “a Dra. Bruna Gouveia, não satisfeita com as confusões que criou na primeira reunião da Assembleia Municipal, veio hoje a público insistir nos erros que cometeu e dizer que ficou surpreendida com a sua primeira experiência autárquica”.

“Mas a Dra. Bruna Gouveia ficou surpreendida porque quis e porque, à boa maneira do PSD, quer adaptar a lei às suas circunstâncias e aos seus interesses. Quem vai à escola do PSD, pelos vistos aprende bem a lição e ainda enche a boca com supostas intolerâncias e falhas democráticas. A lata desta gente é infinita”, critica o executivo de Santa Cruz.

Refere o comunicado que não é obrigatório aprovar o regimento na primeira reunião da Assembleia Municipal. “A lei é clara quando afirma que enquanto não for aprovado o novo regimento, vigora o regimento anterior. Isto foi explicado à Dr. Bruna Gouveia, que, no entanto, teima em não perceber”.

“De igual modo, e ao contrário do que pretende a Dra. Bruna Gouveia, nas reuniões extraordinárias não existe Período de Antes da Ordem do Dia. E assim vai continuar, porque agora em Santa Cruz cumpre-se a Lei, ao contrário de outros tempos de má memória”, responde o executivo.

“Também não existe o que a Dra. Bruna Gouveia defende como o direito à palavra por parte dos vereadores nas reuniões da Assembleia Municipal. Esse direito só pode ser dado a cada vereador pelo Presidente da Câmara. E, como já deixamos claro, é nossa política não calar ninguém, ao contrário do que acontecia quando o PSD era poder em Santa Cruz”, insiste-se.

“Lamenta-se ainda que a Dra. Bruna Gouveia, que faz parte daquele partido que no Governo Regional, e após coligação com o CDS, criou mais de quatro centenas de tachos remunerados para amigos, família e amigos da família e dos amigos dos amigos, crie um facto com um cargo não remunerado na CPCJ, arrastando ligações familiares e lançando, sem qualquer ética, a confusão e o nome de técnicos para a lama onde costumam chafurdar os boys e girls do PSD e do CDS. Para mais, recorde-se que o nome em causa já havia sido aprovado por unanimidade pelo PSD”, refere-se.

“Aliás, esta é a mesma falta de ética que pratica quando acusa a actual gestão camarária de não baixar os impostos. Isto quando sabe que todos os impostos que penalizam as famílias, como o IMI, estão na taxa mais baixa que se pode praticar. O que a Dra. Bruna Gouveia queria era isenções para os empresários amigos do PSD, aos quais se pede apenas uma pequena contribuição para ajudar quem precisa”, refere o executivo camarário.

“Fica assim claro que esta “elite sabichona” do PSD e do CDS não tem pejo de lançar mão da mentira, da calúnia e da política sem ética para beneficiar os seus, a sua agenda política, e os seus objetivos e artimanhas”, acusa-se.