Na iniciativa do JPP que decorreu esta manhã, junto à Câmara Municipal de Machico, Carlos Costa, candidato à Câmara Municipal, abordou o “problema de planeamento a médio e longo prazo” que esta autarquia, em seu entender, sofre há vários anos.

“Machico tem tido, ao longo dos anos, com vereações do Partido Socialista e do Partido Social-democrata, um problema básico estrutural que impede a sustentabilidade económica e financeira do Município”, referiu.

Segundo o candidato, Machico tem sofrido de ciclos que se têm vindo a repetir: “por um lado, quando o PSD está na Câmara, apesar dos milhões da União Europeia e do Governo Regional, deixa sempre a autarquia em ruptura financeira e desequilíbrio estrutural. Por outro lado, quando temos o PS, verifica-se uma gestão de rotina que não passa do básico, ou seja, não consegue fazer um planeamento para o futuro sustentável da autarquia”.

Para Carlos Costa, é portanto urgente proceder à revisão do Plano Director Municipal (PDM) e à criação de um Plano Estratégico Municipal para o Turismo.

“Eu, quando melhoro os solos e a utilização e a aplicação de determinados instrumentos para desenvolver o território, estou a contribuir para atrair mais investimento”, referiu.

Por outro lado, “é importante salvaguardar o tecido empresarial de Machico que, actualmente, tem cerca de 75% das empresas direcionadas para o sector dos serviços e comércio e que sobrevivem, essencialmente, do turismo”, frisou.

“Se olharmos para o volume de negócios eles representam 70%, se olharmos para os postos de trabalho, eles representam mais de 50%. Ora, é este tecido empresarial de Machico que tem de ser salvaguardado e é urgente fazer esse planeamento e a Câmara tem como uma das suas competências fundamentais da sua administração, planear e preparar os investimentos para garantir a sustentabilidade económica e financeira”.

“Existem vantagens que podemos usufruir, nomeadamente, nos valores de referência que existe no programa de ordenamento turístico pois existe um número de camas ainda disponíveis às quais a autarquia pode se candidatar na direção regional de turismo. É preciso operacionalizar e é preciso recorrer a essa reserva das camas disponíveis”.

“Garantimos, caso tenhamos a aceitação necessária para nos sentarmos no executivo camarário e termos maior representatividade na Assembleia Municipal, que iremos nos debater na planificação do futuro de Machico, começando por rever o PDM e criar um Plano Estratégico Municipal para o Turismo”, concluiu.