Governo Regional critica impacto da greve da Groundforce no todo nacional

foto arquivo

O Governo Regional da Madeira lamentou o “silêncio total do Governo da República”, durante todo o dia de ontem, “em relação à greve da Groundforce e ao impacto que a mesma está a ter nos aeroportos portugueses e, por arrasto, também nos madeirenses, embora nestes, devido à colaboração da própria empresa e dos seus trabalhadores, o impacto tenha sido bem menor”.

O GR realça que os aeroportos madeirenses tiveram uma adesão muito menor à greve do que no resto do País, devido a essa colaboração dos trabalhadores e da direcção regional da empresa, “que entenderam os nossos argumentos e foram solidários com o momento difícil que o Turismo atravessa, assegurando, na generalidade, o serviço previsto para este dia nos aeroportos da Região”

Esta, diz o gabinete do presidente Miguel Albuquerque, consubstanciou uma demonstração de responsabilidade e colaboração face ao período que se vive que o Governo Regional não pode deixar de referenciar e de saudar, elogiando e enaltecendo essa forma diferente de actuar dos responsáveis e dos funcionários de cá.

“No entanto”, referem as instâncias governamentais, “apesar deste menor impacto, as consequências para a Região, para o seu Turismo, são sempre negativas. Até porque houve dois voos cancelados a partir de Lisboa e um do Porto, para além de um charter para o Porto Santo que deixou de se realizar, devido à inoperacionalidade naqueles dois aeroportos. E isso deixa sempre sequelas na imagem de qualquer destino, ainda mais numa altura tão complicada como esta”.

Para além destes cancelamentos, houve vários voos que chegaram atrasados e houve voos, para o Porto Santo, que chegaram àquele destino sem a bagagem de passageiros, constata o GR.

As dezenas de voos directos, sem passar por Lisboa e por Porto, fizeram-se com normalidade, sem atrasos ou cancelamentos.

As consequências negativas aconteceram devido a problemas nos aeroportos de origem, nomeadamente os do Porto e de Lisboa e não resultado de anomalias na operação nos aeroportos da RAM, insiste o Governo Regional.

O que se estranha mais é que o Governo da República tenha feito pouco ou nada para minimizar os efeitos desta greve, que era conhecida há muito tempo, numa altura em que se precisa da retoma turística como do “pão para a boca”, insiste o GR.

2Não foram definidos serviços mínimos por este Governo da República, o que é inaceitável”, considera o executivo madeirense.

“Num período de férias, de regressos a casa, de retoma de atividade, permitir que uma empresa de handling – que é quem faz todo o apoio ao nível das malas, das escadas dos aviões, da deslocação dos aviões na placa – possa fazer greve sem exigir serviços mínimos é, convenhamos, um desleixo muito grande por parte do Governo da República”, critica-se num comunicado.

Na RAM, a ANA Aeroportos esteve a tentar menorizar o problema e as companhias também colaboraram, acrescenta a nota enviada às Redacções.

No meio de mais de cinquenta movimentos aéreos, haver apenas três ou quatro situações de voos cancelados, foi extraordinário, congratula-se o Governo da Região.