Junta de Freguesia da Ribeira Brava salienta aspectos negativos da piscicultura

Na sequência da consulta pública ao projecto que pretende dobrar o número de jaulas nos mares da Ribeira Brava, a Junta de Freguesia da localidade enaltece a mobilização popular em torno da causa. Para o presidente da Junta, Marco Martins, “salvaguardar o interesse da população tem de estar em primeiro lugar”.

O presidente da Junta considera que a situação deve ser gerida “sem aproveitamento político”, com seriedade, e sem pôr em causa “dezenas de postos de trabalho e todo um sector que garante a vida de uma população, parecendo criar desequilíbrios ambientais, sociais e económicos”.

Para a Junta, o impacto paisagístico e ambiental das actuais 20 jaulas de piscicultura existentes junto da costa ribeirabravense começa a ser insustentável. Teme-se, entre outros aspectos, a fuga de peixes das jaulas, degradando as zonas envolventes e causando o surgimento de novos predadores; o avolumar de dejectos e excrementos; a poluição causada pela actividade; a desvalorização do lugar com consequências nas actividades marítimo-turísticas e na pesca artesanal; e o facto de, alegadamente e tal como está, esta actividade da piscicultura naquele local apenas garantir 4 postos de trabalho.