Uma Questão de Prioridade, Prudência e Sensatez.

Parece-me sensato imaginar que o governo regional deveria ter lançado, desde a primeira hora, um programa para ganhar os madeirenses em torno da vacinação e com isso promover no mais curto espaço de tempo a recuperação da nossa economia.

O mote da campanha seria “Queremos a nossa população vacinada ontem!”
Não será preciso fazer um desenho para entender que quanto mais depressa tiver a minha população vacinada mais depressa recupero a economia e o bem estar social. Mais depressa ponho a economia a funcionar.

Aos 3 de Janeiro de 2021 e nada se sabe como e de que forma – critérios, meios, processos – decorrerá o processo de vacinação. E, essencialmente, qual a data objectivo de conclusão do processo de vacinação.

Sim, o facto de não haver uma data objectivo, faz acreditar naqueles que afirmam que o público não sabe gerir e nem consegue enxergar o essencial a cada momento.

Também porque para uma população pequena como a nossa, a bandeira da vacinação deveria ter sido erigida como uma meta a concretizar no mais curto espaço de tempo.

É possível sermos os primeiros. Mas tínhamos de estar a vacinar em todos os tempos que temos e com todos os meios, em todos os lugares.

É difícil a logística? Coloquemos no terreno a vontade e o querer e não o
entorpecimento e o deixa fazer.

Ao fim de semana não se vacina?! Só se não houver material!

Recordemos, por um momento, o processo de vacinação em curso em Israel onde, passados poucos dias da operacionalização da vacina, tem já 10% da população vacinada. Recordemos que o país tem à volta dos 9 milhões de habitantes.

Mais a mais, o exemplo, para quem governa, é tão importante como a competência. Depois de altos governantes terem desconfinado despudoradamente, vêm agora medidas restritivas. E querem que o povo as aceite com forte vontade de mudar as coisas?!

Mas eu ainda posso esquecer e remotivar-me no combate ao vírus. O que me entristece é sentir que em 2022 ainda estaremos a vacinar a nossa gente.