Estepilha: Seadream I foi alvo de medidas de segurança máxima

Rui Marote

Estepilja, o Seadream I, navio cuja chegada terminaria um período sem navios de passageiros no Porto do Funchal, foi sujeito a severas medidas de segurança à chegada, conforme apurámos. Tanto que chegou a ser assustador. O navio, com capacidade para cem pessoas mas que trouxe apenas uma trintena de viajantes, dos quais apenas 3 saíram do mesmo porque tinham mesmo como destino a Madeira, ainda estava algumas milhas do Porto do Funchal quando o “chefe da segurança” portuária impôs um plano de medidas draconianas, horas antes da chegada do cruzeiro.
“Tampão” à entrada do túnel da Pontinha, com a equipa de Securitas a testar funcionários escalados para a chegada do navio, com medição de temperatura e preenchimento de um inquérito sobre se tinha estado fora da região e onde. Tudo passado a pente fino. Nem escapou a presidente da APRAM, Paula Cabaco. Os jornalistas viram o barco à distância  como se tratasse de uma zona de” leprosos”.
Agora compreende-se o motivo da conferência agendada para a rampa do Lobo Marinho. Um bocado de excesso de zelo, uma vez que existe uma vedação separando o navio dos mirones… O agente na madeira do segundo maior operador turístico de cruzeiros foi por sua vez impedido de assistir às medidas impostas para poder informar o operador de como e processava a chegada.
Todo este mise-en-scène foi montado a bem da segurança, q1ue foi além das normas exigidas pela saúde pública.
Tratou -se de um exercício que estava na cabeça do chefe da segurança que há que diga, puxa dos galões para chamar a atenção. Mas tudo abortou com os passageiros a ver a Terra Prometida ao longe. Depois deste ensaio resta-nos saber se, quando recebremos um MeinSchiff, o Porto do Funchal requisitará o Exército…