Teófilo Cunha assinou contratos-programa com pescadores e armadores para apoio financeiro extraordinário

O Governo Regional assinou ontem os primeiros contratos-programa com os pescadores, armadores e apanhadores, concedendo-lhes um apoio financeiro extraordinário pela actividade que desenvolveram em plena pandemia da Covid-19, durante os meses de Maio, Junho e Julho, assegurando dessa maneira o abastecimento de peixe às populações, refere uma nota de imprensa.

O secretário regional de Mar e Pescas realçou isso mesmo, enaltecendo o empenho dos pescadores e armadores durante um período “difícil” e de incertezas. “Demos mais um passo, no sentido de o Governo Regional cumprir com o compromisso que assumiu com os pescadores, armadores e apanhadores”, referiu Teófilo Cunha na segunda-feira, durante a assinatura dos primeiros contratos, em que também marcou presença o director regional de Pescas, Rui Fernandes.

O apoio do Governo Regional totaliza um milhão 250 mil euros, verbas exclusivas do Orçamento da Região. O pescador recebe 438,81 euros por cada mês e os armadores 766 euros, podendo este montante subir conforme o tamanho da embarcação. “Estes pescadores e armadores não cessaram a actividade durante a pandemia, mantiveram a economia a funcionar e com isso garantiram o abastecimento de peixe à população”, destacou o secretário regional de Mar e Pescas.

Com o número de infectados pela Covid-19 outra vez em sentido crescente, e questionado sobre se o Governo pondera reforçar estes apoios, Teófilo Cunha não se comprometeu por, no seu entender, ser “necessário aguardar pela evolução da pandemia”, mas também não descartou essa possibilidade. “O Governo está sempre disponível para apoiar a pesca e os pescadores”, declarou.

A falta de mão-de-obra e a burocracia que limita a entrada na Região de trabalhadores estrangeiros foi outro assunto colocado ao titular das pescas. “A Coopesca já nos tinha alertado para esse assunto, mas o que verificamos é que há mão-de-obra, o que faltam são pessoas disponíveis para trabalhar numa actividade tão exigente”, sublinhou, para esclarecer: “Quanto aos estrangeiros, essa questão não se põe porque primeiro temos de dar emprego aos nossos.”