Câmara de Lobos celebra amanhã os Dias Mundiais da Música e do Idoso

A Câmara Municipal de Câmara de Lobos assinala amanhã, 1 de Outubro, o Dia Internacional do Idoso, aliando a essa comemoração as celebrações do Dia Mundial da Música. Às 14h00, realizar-se-á no Centro Comunitário Vila Viva um pequeno campeonato de Bingo com os utentes daquele espaço; segue-se às 15h30 no auditório maestro João Victor Costa, a visualização de um vídeo alusivo ao Dia do Idoso; já pelas 16h00, no hall do Centro Cívico do Estreito de Câmara de Lobos, haverá a apresentação de um momento musical ao vivo, com cordofones tradicionais madeirenses, executado por dois alunos do Conservatório-Escola das Artes da Madeira, orientados pelo professor Roberto Moniz. Às 16h15, será  inaugurada a exposição “Ao som dos Cordofones”  de João Virgílio Henrique, com a presença de Leonel Silva, vereador com o pelouro do Ambiente e Cultura. A mostra ficará patente ao público até 13 de Novembro, podendo ser visitada das 09h00 às 17h00.

O artesão João Virgílio Henriques, tem 68 anos e é natural de Câmara de Lobos, mas reside actualmente na freguesia de Santo António, no Funchal. O artesão recorda que desde muito novo busca sempre algo diferente, novas matérias, algo que o preencha, que o defina como um criador. O construtor João Virgílio, iniciou o gosto pela construção dos cordofones ao observar as diversas madeiras que eram deitadas fora e que poderiam, na sua forma de pensar, serem transformadas em peças úteis. Assim começou a recolher diferentes madeiras, como cedro da madeira, vinhático, til, carvalho, nogueira, mogno, castanheiro e a construir instrumentos tradicionais de cordas de diferentes partes do mundo.

A exposição “Ao Som dos Cordofones” será constituída por cerca de 60 instrumentos de corda, onde se destacam as guitarras portuguesas, viola campaniça, bandolins, viola de arame, braguinhas, rajões e machetes. Haverá ainda e uma bancada com algumas das muitas ferramentas que são usadas na construção dos cordofones.

O autor reconhece que construir um instrumento de cordofones tradicionais, é uma maneira de se afirmar artisticamente e contribuir para desenvolvimento da música tradicional.

O gosto por ensinar e até de deixar um legado para o futuro, levou-o a criar uma oficina solidária em parceria com a Secretaria Regional de Educação, no edifício da Quinta do Leme, no caminho de Santo António, onde ensina aos interessados, todo o processo de construção de cordofones.

Por outro lado, informa a CMCL, o senhor João Virgílio regozija-se de já ter vendido instrumentos construídos pelas suas mãos para várias partes do mundo. Tem sido uma forma de dar a conhecer as potencialidades dos cordofones tradicionais, refere.