Rui Abreu reuniu-se hoje com o Cônsul Geral de Portugal em Caracas para fazer o ponto da situação naquele país

O director regional das Comunidades e Cooperação Externa (DRCCE), Rui Abreu, e o cônsul geral de Portugal em Caracas, Licínio Bingre do Amaral, reuniram-se hoje na Direcção Regional das Comunidades. No encontro participou também Damas Branco, director da CGD em Caracas, e Aleixo Vieira, conselheiro da diáspora madeirense na Venezuela. Rui Abreu disse aos jornalistas que se tratou de fazer o ponto da situação relativamente àquele país, onde os madeirenses emigrados representam 90 por cento dos portugueses que ali residem, e ao mesmo tempo obter informações sobre a situação da pandemia que também grassa naquele país sul-americano. A Venezuela tem ainda o espaço aéreo fechado e passa por um desconfinamento gradual. A reabertura de voos para a Venezuela “é uma questão extremamente importante para nós”, referiu, dadas as centenas de milhar de portugueses que ali vivem. É importante, disse, que os emigrantes possam vir à Madeira não só visitar as suas famílias, mas também tratar dos seus negócios, o que também é importante para a nossa economia. Prevê-se que tal possa vir a acontecer a partir de Outubro.

Por sua vez, o cônsul geral declarou que estiveram em discussão o “aprofundamento dos laços entre a Venezuela e Portugal”, numa altura em que o espaço aéreo está fechado. Dois voos já foram organizados, e prevê-se a realização de um terceiro dentro de algum tempo. Há pessoas que querem circular e não podem. Há agora muita gente que passa parte do ano na Venezuela, parte em Portugal, e vê agora a sua mobilidade cerceada. Não falta quem tenha ido lá na Páscoa e tenha sido “apanhada” pelo evento do novo coronavírus. Entretanto, Licínio Amaral admitiu que há milhares que abandonaram o país devido à instabilidade e à situação económica dúbia, mas sublinhou que a maior parte não abandonou totalmente os seus negócios nem as suas ligações à Venezuela.