Vereador do PS em Câmara de Lobos desafia Humberto Vasconcelos por causa das vindimas

O vereador do PS na Câmara Municipal de Câmara de Lobos, Amândio Silva, denunciou hoje a “leviandade que está a ser perpetrada pelo Governo Regional da Madeira, nomeadamente através da Secretaria Regional da Agricultura, no que concerne às vindimas”.

Diz este responsável político que é sabido que o maior lagar da Madeira está situado na freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, embora se faça a festa das vindimas no Porto da Cruz, no Funchal ou mesmo em São Vicente. “Isto num passado recente, pois o tempo não é para festas, nem para ajuntamentos”, considera.

“O momento de excepção em que vivemos, sem festas das vindimas ou da uva, não poderá ser escusa para que não possamos debater esta importante temática de especial relevo para esta comunidade. Todos os anos, por esta altura, os viticultores já sabiam onde poderiam entregar as suas uvas, as casas já estavam abertas para as receber e o preço (Kg) já estava tabelado. Este último o menos importante, pois o preço é o mesmo há décadas, mesmo que os custos de contexto tenham aumentado todos os anos, e não foi pouco”, aponta Amândio Silva.

Ora, com a não comunicação por parte da tutela os viticultores estão por sua conta e risco, “aliás como sempre, salvo excepções. O produto de um ano de trabalho está na terra, mesmo com ameaças externas (mosca da fruta), e está em vias de apodrecer nas videiras. Face a este quadro, importa questionar o senhor secretário da Agricultura, Humberto Vasconcelos, sobre o que se passa!”, insurge-se o socialista.

“Se refere que “a vinha e o Vinho Madeira são importantes para a Região pelos seus múltiplos contributos, quer a nível económico, ambiental e paisagístico, com reflexos óbvios no turismo”, o vereador socialista interroga para quando a abertura das casas de vinho para recepção das uvas, se está ou não garantido o escoamento das uvas, se o preço (Kg) será o mesmo que em anos anteriores ou varia em função do grau da uva, e finalmente, que mecanismo de apoio está previsto para compensar a perda de uvas que estão a apodrecer nas videiras”.

“Senhor Secretário, não se faça de cego ou surdo, vá para o terreno,  constate as perdas reais de muitos viticultores e esclareça estas ou outras questões que entenda por convenientes, a bem de um importante produto da nossa terra e de muita gente que se dedica a esta actividade”, desafia Amândio Silva.