PCP questiona “passividade” do GR quanto à protecção dos trabalhadores da construção civil em relação à Covid-19

O deputado do PCP reuniu hoje com o Sindicato da Construção Civil da Madeira, preparando as Jornadas Legislativas  intituladas “Problemas Laborais- Impactos  da Pandemia”, que se realizam no próximo dia 18 de Julho,  no Salão Nobre da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira.

No encontro foram abordadas as preocupações com o cumprimento por parte das empresas do sector da construção civil das normas de higiene e segurança no trabalho, recomendadas pela Direcção Geral de Saúde, para conter a propagação da pandemia COVID-19, no que diz respeito ao transporte dos trabalhadores, assim como nas diversas obras que continuam em curso na Região.

“A passividade do Governo Regional em relação a esta realidade, que pode potenciar o risco de contágio da pandemia COVID-19, é incompreensível”, considera Ricardo Lume. O partido questiona-se se “estaremos perante uma cedência primária a interesses de determinados empresários da construção civil, que se estarão a sobrepor à saúde pública?”

E acrescenta a dúvida: “Será que se trata de uma completa subjugação do poder político aos interesses dos senhorios da construção civil desta Região?”

A construção civil foi o sector que menos foi condicionado devido às medidas de contenção da propagação da pandemia COVID-19, tendo existido uma suspensão da actividade apenas por 14 dias, constata o partido. Suspensão que, garante, só aconteceu devido à intervenção decisiva do PCP e que foi determinante para a contenção da propagação da pandemia na RAM.

“Apesar do sector da construção civil ter sido o menos afectado pelas medidas de contingência, nem por isso os trabalhadores do sector viram os seus direitos salvaguardados”, consideram os comunistas, que entendem como fundamental garantir as condições de higiene e segurança no trabalho de forma a garantir a saúde dos operários da construção civil, do mesmo modo como afirma que a pretexto da pandemia, os direitos laborais não podem ser “roubados”.