PSD critica “gestão danosa” do PS para o desenvolvimento económico e empresarial da cidade

O PSD veio considerar que “a acção do executivo socialista na Câmara do Funchal é danosa e prejudicial ao desenvolvimento económico e empresarial da cidade”.

Após a reunião de Câmara, de hoje, o vereador social-democrata Jorge Vale afirmou que são inúmeros os exemplos desta realidade, ao longo dos anos. Só nos dois últimos anos, citou, assistimos “ao uso excessivo e desproporcional da força quando a CMF recorreu à Brigada de Intervenção Rápida da PSP para fazer rusgas nos restaurantes e nas esplanadas, como se os seus proprietários fossem delinquentes”, à “tentativa de triplicar para 1,5% o imposto municipal da derrama sobre as empresas e empresários apesar da Câmara do Funchal registar lucro ano após ano,” e ao “atrasar as justas e devidas compensações aos comerciantes e lojistas de ruas como a Dr. Fernão de Ornelas ou do Bom Jesus, que sofreram danos nos seus negócios, devido ao prolongar e atraso, mais do que o devido e o expectável, das obras municipais nessas artérias”.

Mas também, disse, a recusa do executivo “em fomentar ou incentivar que as famílias da Madeira façam compras no comércio tradicional e local no centro do Funchal, via isenção parcial do estacionamento público municipal”.

A proposta dos vereadores do PSD é de atribuir uma isenção parcial, por um período determinado de tempo, do custo do estacionamento a famílias que façam compras nas principais ruas do Funchal. Trata-se de uma medida que, segundo os vereadores do PSD, teria pouco custo para a autarquia, mas que poderia atrair muito mais gente ao centro da cidade e contribuir para a dinamização do comércio local e das lojas tradicionais da cidade.

“Isso é que seria, sem dúvida, promover o tal centro comercial a céu aberto”, disse, acrescentando que a medida foi proposta pelo PSD, já em Novembro de 2017, mas, passados dois anos, “o executivo socialista continua a não querer concretizá-la”.

Curiosamente, neste comunicado do PSD-M não se viu qualquer comentário às dezenas de barracas licenciadas para a placa central e a Praça do Povo neste Natal, e da proliferação das quais muito se queixam, precisamente, os comerciantes que têm estabelecimentos abertos o ano inteiro e por eles têm de pagar taxas e impostos. A constatação é do FN, não se podendo, consequentemente, inibir do presente comentário.