O investigador e antigo vereador da Câmara Municipal do Funchal Raimundo Quintal, defensor acérrimo das questões ambientais, veio hoje a público, na sua página da rede social Facebook, denunciou uma situação relacionada com a árvore que tarda em ser plantada no adro da Igreja do Faial, onde ocorreu o corte de um carvalho.

Escreve Raimundo Quintal que “no passado dia 6 de setembro a Câmara Municipal de Santana procedeu ao abate dum velho carvalho no adro da Igreja do Faial.  Tratou-se duma medida correta, atendendo a que o tronco e os ramos do carvalho-roble ou carvalho-alvarinho (Quercus robur) apresentavam claros sinais de avançada doença e a qualquer momento poderia ocorrer um acidente com consequências imprevisíveis. Mais vale prevenir do que remediar!”

O investigador lembra que “no dia em que a árvore foi cortada a Câmara de Santana informou que no local seria “plantada uma árvore idêntica”. Decorridos mais de dois meses tal ainda não aconteceu e a imagem do espaço em frente à porta principal do templo é deprimente. É tempo de plantar uma árvore e alindar o canteiro.  A árvore pode ser plantada na cratera da que foi abatida. Há espaço suficiente para se desenvolverem as raízes duma nova árvore, que não terá de ser obrigatoriamente um carvalho. Poderá ser, por exemplo, um til (Ocotea foetens), a árvore mais emblemática da Laurissilva, ou uma faia-das-ilhas (Morella faya), a árvore que deu nome à freguesia. Estas duas espécies indígenas têm a vantagem de serem perenifólias”.