Vários “ataques” no ciberespaço simulam capacidade de intervenção de várias entidades na Região

Foto_CiberO exercício anual de ciberdefesa do Exército Português “CIBER PERSEU 2019” iniciou-se, esta segunda-feira, com a simulação de vários ataques no ciberespaço, testando a capacidade de resposta concertada entre as várias entidades envolvidas, entre as quais o Governo Regional.

Segundo uma nota da vice presidência, a iniciativa, que decorre até à próxima sexta-feira, “pretende exercitar e avaliar a capacidade de resposta do Exército face à ocorrência de ciberataques, de âmbito nacional ou internacional, nomeadamente afetando as suas Comunicações e Sistemas de Informação que suportam o Comando e Controlo (C2) e que, por essa razão, ponham em causa a obtenção da superioridade de informação das Forças Terrestres”.

A mesma nota refere que “este exercício materializa, assim, uma oportunidade para a condução de treino especializado, contribuindo para a consolidação da edificação da capacidade de ciberdefesa no Exército e para a Cibersegurança Nacional, permitindo à Região analisar as vulnerabilidades e avaliar os riscos emergentes do ciberespaço, incluindo os condicionamentos que a descontinuidade territorial comporta e a consequente dependência das comunicações transmitidas através de cabo submarino, testando para esse efeito procedimentos e capacidades”.

Ao longo do exercício “CIBER PERSEU 2019”, a Zona Militar da Madeira e o Governo Regional, através da DRPI e outros organismos da administração pública, estarão envolvidos na resolução de uma crise no ciberespaço, procurando assim, maximizar a resultante dos seus esforços conjuntos, contribuindo para a mitigação dos efeitos dos ciberataques e para a gestão dos riscos que uma situação desta natureza coloca à Região. Neste contexto, está empenhada uma equipa tática especialmente dedicada à gestão de incidentes de segurança nas instalações da DRPI e no Palácio de São Lourenço, está sedeada a célula de gestão de crises CIMIC (incluindo jogadores e observadores de organizações públicas e privadas), tudo sob o controlo de execução do exercício a funcionar na Academia Militar, em Lisboa, para onde foi projetado um especialista da DRPI.

Aponta a informação da vice presidência a existência de duas equipas (DRPI, e Instituto de Emprego da Madeira) compostas por cinco especialistas cada que estarão empenhadas num exercício técnico designado Cyber Range, onde terão oportunidade de trabalhar em ambiente simulado com ameaças e ferramentas reais. Também deslocar-se-á a Lisboa um segundo especialista da DRPI para um treino competitivo, designado CTF – Catch the Flag, com o propósito de penetrar e atingir um objetivo dentro de uma infraestrutura informática (hacking)”.

Esta quinta-feira, dia 14, decorrerá na Academia Militar e no âmbito do Exercício, a conferência “Estratégia Nacional de Segurança do Ciberespaço 2019-2023” – Operacionalização e cooperação institucional com a participação do Centro de Ciberdefesa do Estado Maior General das Forças Armadas, do Centro Nacional de Cibersegurança, da Polícia Judiciária e do Serviço de Informações de Segurança.