Deputados do PSD-M na República alertam para a postura de Costa relativamente ao novo Hospital da Madeira

Os deputados do PSD Madeira na Assembleia da República voltaram hoje a apontar baterias ao primeiro-ministro António Costa relativamente ao novo Hospital da Madeira. Sara Madruga da Costa alertou, numa conferência de imprensa, para “a referência vaga e genérica” feita pelo chefe do Governo nacional aquando do seu discurso na apresentação do Programa de Governo, considerando que a mesma “soube a pouco e é muito preocupante, sobretudo porque foi uma referência feita de forma forçada e em reacção à contestação da bancada do PSD ao discurso, que apenas mencionava os novos hospitais de Lisboa Oriental, Central do Alentejo, de Sintra e do Seixal”.
Sara Madruga considerou também preocupante “que estas quatro unidades, prometidas por António Costa em 2015, tenham sido agora adiadas para 2023, não havendo, todavia, qualquer previsão de datas em relação ao nosso Hospital”.
“Não faz sentido esta falta de clarificação, não é aceitável que António Costa continue a ignorar a Madeira neste e noutros dossiês, assim como é de estranhar que, nesta altura, o Governo da República não tenha qualquer previsão para esta obra, nem se comprometa, de uma vez por todas e com prazos, relativamente aos 50% prometidos”, frisou a deputada.
A postura do chefe do Executivo nacional “não só nos faz recuar quatro anos depois novamente à estaca zero, como nos leva a questionar se esse compromisso assumido com os madeirenses e porto-santenses vai ser cumprido ou não antes de 2023, por este Governo socialista”, vinca. Condenando a falta de clareza e de palavra nesta matéria, Sara Madruga da Costa alerta, também, para o facto de o programa de governo socialista “não conter nenhuma linha ou referência a matérias cruciais e importantes para a Madeira, como a do novo Hospital ou o subsídio de mobilidade”.
“É lamentável que o Primeiro-Ministro continue a adiar a confirmação dos 50% de financiamento para o novo Hospital da Madeira, assim como é de evidenciar, pela negativa, o facto dos socialistas madeirenses não terem tido influência ou capacidade para que esta infraestrutura fosse integrada no programa de Governo nacional e nas principais opções de investimento do país”, afirmou a parlamentar, que garantiu o empenho do seu partido nesta questão.