Paula Cabaço diz que Madeira turística tem “resistido às contrariedades” e dá exemplo dos “valores impraticáveis da TAP”

Paula Cabaço Turismo 27 de seetmbroNa sessão de abertura do III Congresso Internacional de Turismo da Associação de Investigação Científica do Atlântico que neste Dia Mundial do Turismo decorreu no auditório do Museu de Eletricidade, Paula Cabaço, a secretária regional que tutela o setor, falou do passado mas sobretudo apontou ao futuro.

A governante assumiu, como grande desafio, o de dar continuidade ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, «melhorando, adequando, ajustando e, sempre que possível, antecipando as situações que, embora nem sempre dependendo de nós, exigem que estejamos preparados». A par deste, outro desafio passa, também, por investir na formação e maior qualificação dos recursos, cativando novos profissionais e abrindo espaço para que os mais jovens encontrem, no turismo, o seu futuro profissional.

Não fugiu a questões de alguma instabilidade para o turismo madeirense: «Em dois anos, assistimos à falência de sete companhias aéreas, estamos a lidar com o Brexit e a consequente instabilidade do mercado inglês, assim como com os valores impraticáveis da TAP e, mesmo assim, o nosso destino tem resistido a todas estas contrariedades, graças à capacidade de antecipação, à qualidade dos serviços, ao profissionalismo de todos os que trabalham no sector e à atratividade da nossa oferta», disse, acrescentando que a Madeira continua a ser «um destino, reconhecido, fortemente galardoado e procurado» e que sabe «corresponder às opções e preferências dos turistas».

Paula Cabaço garantiu que o setor soube, ao longo do tempo, «ajustar-se e reinventar-se para continuar a corresponder às necessidades e expetativas dos turistas, hoje cada vez mais exigentes, mais informados, mais adeptos das tecnologias e redes sociais, mais ativos, mais vocacionados para as experiências, mais interventivos, sensíveis e despertos para o usufruto daquilo que, aqui temos para oferecer e que não é possível de replicar noutra parte qualquer do mundo».

Uma procura pela diferença e pela autenticidade a que o Governo Regional tem vindo a corresponder, investindo no setor. «Temos hoje eventos renovados, prolongados e descentralizados a toda a Região, uma oferta de alojamento claramente requalificada, uma maior capacidade de análise graças à reativação do Observatório, uma maior interligação entre o turismo e a cultura e, bem assim, entre estas duas áreas e as experiências únicas que também se oferecem no destino.