“São cerca de 400 litros de água por segundo correndo montanha abaixo até encontrar o mar. O desperdício deste importante recurso natural é visível alguns metros depois da entrada para estrada que dá acesso à Praia da Lage, na freguesia do Seixal. Quem por ali passa, levanta interrogações de ordem ambiental e climática”.

Esta denúncia vem do CDS, hoje, no âmbito de uma ação política no Porto Moniz. “Em 2025, cerca de 2,7 biliões de pessoas podem ser privadas do preciso recurso natural, de acordo com os últimos estudos das Nações Unidas. O CDS volta à questão ambiental para lembrar que nós, na Madeira, temos de saber preservar o nosso bem mais precioso, que é a água”, disse o dirigente e deputado do CDS-PP Madeira, António Lopes da Fonseca, que levou a comunicação social à freguesia do Seixal para mostrar um “mau exemplo” do aproveitamento dos recursos naturais. “Não pode acontecer aquilo que estamos aqui a ver. Há estudos que dizem que o caudal é de 400 litros por segundo de água potável deitada ao mar.”

António Lopes da Fonseca entende que “a Madeira tem de ser exemplar na questão dos recursos hídricos regionais. “Os recursos hídricos serão cada vez mais um bem essencial para as nossas populações mas também para quem nos visita”, referiu. “No âmbito da peugada ecológica, os países desenvolvidos estão a depender cada vez menos do fuel, e nós temos de potenciar cada vez mais os recursos hídricos para produzirmos energias alternativas.”

O dirigente centrista lançou um apelo ao Governo Regional, no sentido de que o caudal do Seixal seja “devidamente aproveitado” para o abastecimento das populações e para as áreas agrícolas da Região. “O CDS tem no seu programa um capítulo sobre a necessidade de preservação do ambiente, o que implica potenciar cada vez mais os recursos hídricos”, disse António Lopes da Fonseca para criticar: “Aquilo que vemos aqui é um exemplo do que não deve ser feito.”