Barreto estranha demora do Governo Regional para dar prioridade aos “nossos produtos” nas cantinas da Administração Pública

Barreto iniciativa 22 de julho 2019Rui Barreto lembrou hoje, numa ação de pré campanha que o levou até uma exploração agrícola em São Gonçalo, que o Governo Regional está a demorar para dar sequência a uma proposta aprovada na Assembleia e que vai no sentido de dar prioridade aos produtos madeirenses nas cantinas da Administração Pública.

Os governos dos Açores e de Canárias defendem os produtos regionais “com unhas e dentes”, diz o líder do CDS-PP, que estranha a demora do Governo Regional na preparação do regulamento que recomenda às cantinas da administração pública regional que primeiro comprem os nossos produtos.

Foi num ambiente agrícola, no meio de alfaces, rúcula, coentros, aipo, tomate cherry e morangos que o líder do CDS-PP considerou o seu partido “um parceiro seguro para os agricultores”. Expressão “com correspondência no número de propostas que o partido tem apresentado para valorizar os produtos regionais, garantir o escoamento da produção e assegurar rendimento dos que vivem do setor, conforme declarou esta segunda-feira Rui Barreto durante a visita que fez à maior exploração agrícola do Funchal, e uma das maiores da Madeira, do empresário Juvenal Abreu, situada na freguesia de São Gonçalo.

Nesta fase de pré-campanha para as eleições regionais de 22 de setembro, o CDS-PP elege a agricultura, clima, sustentabilidade e ambiente como temas centrais das próximas iniciativas político-partidárias, de acordo com as declarações do líder do partido, que na visita a São Gonçalo fez-se acompanhar do presidente da Comissão Permanente de Recursos Naturais e Ambiente, o deputado centrista, Roberto Rodrigues.

“O CDS tem travado um combate sem tréguas na valorização da agricultura e dos agricultores, no aumento do rendimento e garantia do escoamento, na defesa do que é nosso”, asseverou o líder do maior partido da oposição. “O CDS é um parceiro seguro para os agricultores. Temos feito um trabalho com propostas concretas de valorização da agricultura.”

Uma dessas propostas foi aprovada com o Orçamento da Região para 2019. “É uma proposta que garante a criação de um regime específico para valorização da nossa agricultura”, especificou Rui Barreto, apontando o principal objectivo. “Comprar primeiro aquilo que é nosso.”

O dirigente partidário diz que não dará tréguas enquanto as cantinas públicas das creches, escolas, lares e hospitais não incluirem nas refeições produtos da Região. “Primeiro devem comprar os produtos regionais e biológicos, de produtores madeirenses, garantindo-lhes rendimento e escoamento da produção, só depois devem comprar o que vem de fora”, explica o fundamental da proposta do CDS. “Temos capacidade para sermos mais auto-suficientes daquilo que somos. A política serve para resolver problemas concretos.”

Sete meses depois da entrada em vigor do Orçamento da Região, a proposta centrista aguarda ainda pelo regulamento, que tem de ser feito obrigatoriamente pelo Governo Regional. “Não percebo porque é que o senhor secretário da Agricultura, Humberto Vasconcelos, não regulamenta uma proposta que o Parlamento aprovou”, estranha Rui Barreto. “A roda está inventada. Os açorianos e os canários têm um regime semelhante a este, defendem a sua agricultura com unhas e dentes. Por que razão o Governo tarda em regulamentar uma medida que é importante para ajudar e incentivar a nossa agricultura, uma medida importante para os agricultores e as sua famílias.

O repto do líder do CDS ao secretário da Agricultura é claro: “O desafio que volto a reiterar é que o Governo regulamente rapidamente a criação deste regime que valoriza os produtos regionais obrigando a que na confecção de refeições primeiro se compre aquilo que é nosso.”