A Galeria Marca de Água acolheu na quinta-feira cerca de duas centenas de pessoas na inauguração da exposição de Paulo Sérgio BEju, intitulada “opapeldasárvores”, refere uma nota daquele espaço expositivo situado na Rua da Carreira, no Funchal.
Raquel Fraga, directora artística da Galeria Marca de Água, referiu “a adesão de mais de três milhares de visitantes no primeiro semestre deste ano” aproveitando para agradecer às artistas Rita de Andrade, Guareta Coromoto e Filipa Venâncio que expuseram no presente ano, e a quem, considerou, também se devem os resultados conseguidos.
A programação e curadoria está a cargo do professor universitário Diogo Goes, também ele artista plástico e que iniciou colaboração com esta galeria, desde Janeiro transacto.
“Cada vez mais o público tem vindo a aderir ao projecto curatorial da galeria, reconhecendo-o como projeto de referência, muito devido à programação de serviços educativos, envolvendo os artistas e várias instituições de ensino e de solidariedade social.” referiu ainda Raquel Fraga.
“Para falar d’opapeldasárvores, é necessário nomear a polarização de ideias entre o universo arbóreo e uma aproximação com o humano. Elementos como: sangue ou seiva, tronco ou torso, ramos ou braços, mas também folhas, flores, frutos, sementes ou raízes, são dicotomias de propostas formais de desenho”, refere o texto da exposição.
Paulo Sérgio BEJu reflecte que: “existe uma familiaridade formal entre uma árvore e um corpo, penso que cada pessoa, também é uma árvore. Somos árvores no desencadear de uma poética que procuro trazer para a exposição.” A exposição contempla mais de quatro dezenas de obras e ocupa os três andares da galeria.
Na autonomização da expressão gráfica deste projeto, o autor reflete sobre a existência de uma familiaridade formal entre a árvore e o corpo humano, usando a representação do sistema circulatório e a sua ramificação, como metáfora poética.
Paulo Sérgio BEJu, natural da freguesia do Monte, nasceu em 1971. Licenciado em Artes Plásticas – Escultura, possui a Pós-Graduação em Direção Artística, pela ESAP-Extensão de Guimarães. É docente nas disciplinas de Educação Visual/Educação Tecnológica e Oficina de Teatro. Desenvolveu diversos projetos no âmbito das artes performativas; cenografia; ilustração; instalação e curadoria. Desde setembro de 2002, tem participado em exposições individuais e coletivas. Foram-lhe, atribuídos: o 1º prémio no Concurso de Poesia de Abrantes (junho 1996) e o 1º prémio do concurso de artes plásticas “Henrique e Francisco Franco” (Calheta, Dezembro 2005), este último, atribuído por um júri presidido pela curadora Isabel Carlos. Atualmente trabalha parcialmente na companhia ATEF – Serviço Educativo e faz apoio à realização plástica de espetáculo.
A exposição “opapeldasárvores” ficará patente ao público até 5 de Setembro, podendo ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10h30 às 13h00 e das 14h00 às 18h30, ou noutro horário mediante marcação prévia.
