“Tenho um vice presidente, qual é o problema? A minha missão não é fazer show off e tirar fotografias”, reage Albuquerque dizendo que tentou regressar mais cedo mas não foi possível

Miguel Albuquerque explica que tentou regressar mais cedo à Madeira quando soube da tragédia com o autocarro de turismo, no Caniço, mas não foi possível.

O presidente do Governo Regional esclareceu hoje, à margem da cerimónia de assinatura do Protocolo de Cooperação com as Associações de Bombeiros Voluntários da Região Autónoma da Madeira, que tentou regressar à Madeira, quando se encontrava de férias no Dubai, quando soube da tragédia com o autocarro de turismo, no Caniço, que provocou a morte a 29 turistas de nacionalidade alemã e ainda 27 feridos, mas não conseguiu antecipar a viagem mais cedo. “São fatores que não dependem de mim, claro que gostaria de ter vindo, mas foi completamente impossível”.

Afirma que seguiu toda a operação de socorro no terreno, “que correu muito bem, como aliás era expetável, uma vez que um Governo não pode depender de uma pessoa só”.

Albuquerque foi questionado sobre a existência formal de um elemento do Governo a substituir o presidente na ausência deste, como acontecia no passado, mas reagiu dizendo que existe um vice presidente para isso mesmo. “Tenho um vice presidente, qual é o problema? Por isso é que tenho um vice presidente no Governo, caso contrário não tinha vice presidente. Estive sempre em contacto com o vice presidente e com o presidente da Proteção Civil. Ainda bem que temos serviços que não dependem de uma pessoa. O Governo está a funcionar bem e a minha missão não é fazer show off e andar a tirar fotografias, mas sim ter a responsabilidade que os serviços que são da minha responsabilidade estão a funcionar bem, é isso que tenho que assegurar aos cidadãos. O que é preciso, da minha parte, é investir na Proteção Civil, na formação do pessoal, ter um serviço eficaz no SESARAM – quero reiterar a todos os profissionais o meu agradecimento – termos corpos da EMIR como temos, com o melhor material, para a prestação do socorro, como aconteceu”.

O presidente do Governo comentou, ainda, a importância das redes sociais na avaliação das situações, considerando que, neste domínio, “o escrutínio público deve ser exercido com racionalidade. Os serviços do Governo, com a exigência da Proteção Civil, está a funcionar, que é o mais difícil de conseguir. Agora, tirar fotos para a internet é fácil”.