Medicina Nuclear reabriu hoje mas doentes estão à espera do medicamento

A Unidade de Medicina Nuclear do SESARAM reabriu hoje.

São dez pessoas que se encontram, neste momento, no Hospital Dr. Nélio Mendonça, aguardando os exames na unidade de Medicina Nuclear, que hoje reabriu depois de ter sido encerrada, temporariamente, até que houvesse “serenidade” para garantir a confiança no serviço, segundo referiu na altura a presidente do Conselho de Administração do SESARAM, Tomásia Alves. A unidade reabriu, já com médicos contratados para o efeito, mas os doentes estão há mais de três horas à espera de realizarem os seus exames dado que falta um fármaco, que deveria chegar por via aérea e que ainda não chegou devido aos constrangimentos verificados esta manhã no Aeroporto Internacional da Madeira Cristiano Ronaldo.

Não obstante tratar-se de um situação que não é controlável internamente, uma vez que a operacionalidade do transporte aéreo sofre alguns contratempos, com alguma frequência na Madeira, os utentes queixam-se de estarem tanto tempo à espera e dizem que a decisão poderiia ser no sentido de adiar os exames, em vez de aguardarem que os fármacos cheguem, ainda hoje, para que os exames possam ser realizados.

Os constrangimentos do aeroporto também estão a ser responsáveis pelo adiamento, para as 16 horas, da audição, pela comissão parlamentar de inquérito ao funcionamento da Unidade de Medicina Nuclear do SESARAM,  de João Pedroso de Lima, diretor da Unidade de Gestão Intermédia dos Meios de Diagnóstico e Terapêutica do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra.

Recorde-se que este processo relacionado com esta unidade resulta de declarações do médico coordenador, Rafael Macedo, primeiro à TVI e depois no parlamento, criticando o funcionamento daquele serviço, em termos de subaproveitamento, com favorecimento de privados para a feitura de exames que, em sua opinião, poderiam ser feitos no público. Em consequência, o SESARAM instaurou um processo disciplinar e suspendeu o médico, sendo que para garantir o serviço, fez um protocolo com os Hospitais da Universidade de Coimbra, que enviou duas médicas para o efeito.