Hospital, “ferry” e juros no “pacote” de propostas de alteração do CDS-PP ao Orçamento de Estado

Barreto- Magaçhães
Nuno Magalhães veio à Madeira negociar as propostas do partido, na Região, a incluir no pacote de alterações que serão apresentadas para o OE 2019.

O novo hospital da Madeira, o “ferry”, a revisão do subsídio de mobilidade, revisão dos juros da dívida, verbas para o passe sub-23, rever o Registo de Navios (MAR) e linha de apoio aos emigrantes que regressam da Venezuela, são estes os pontos que o CDS-PP Madeira conseguiu fazer incluir nas propostas nacionais centristas de alteração ao Orçamento de Estado para 2019.

Este acordo resultou de uma reunião que decorreu hoje, no Funchal, entre o líder parlamentar do partido na Assembleia da República, Nuno Magalhães, e o líder regional Rui Barreto.

Barreto destacou o novo hospital, afirmando que o Estado “terá de cumprir com a promessa de 50% do financiamento da construção e aquisição de equipamentos médico-hospitalares, no valor de 155,5 milhões de euros”, sendo que relativamente à ligação marítima por ferry, o Estado deve ser chamado a suportar 50% do custo da operação durante todo o ano; a revisão do subsídio social de mobilidade, para que os residentes paguem apenas 86 euros e os estudantes 65 euros; a revisão dos juros da dívida. “O Estado português ganha dinheiro com os madeirenses porque a taxa que o Estado cobra à Madeira é, em média, superior aquela que o Estado português paga pelos empréstimos que tem”, sublinhou o líder regional do CDS. Manter a linha de apoio aos emigrantes madeirenses que regressam da Venezuela; rever a questão do MAR, em particular a possibilidade de os navios de bandeira portuguesa poderem ter a bordo guardas armados para garantirem a segurança dos tripulantes e assegurar verbas para o passe universitário Sub23. “Vamos entrar na fase de discussão na especialidade do Orçamento e este é o momento para os partidos corrigirem o que não foi inscrito na proposta inicial”, desafia Rui Barreto.

O presidente da bancada parlamentar do CDS na Assembleia da República fez ainda questão de sublinhar que “o CDS segue a boa tradição de ser a República que vem à Região e não a Região que vai à República” porque “o CDS acredita na autonomia, mas acredita praticando”. Nuno Magalhães diz que as sete propostas da Madeira são inciativas responsáveis. “O CDS é um partido responsável e estas propostas são exequíveis do ponto de vista orçamental”, garantiu.

Rui Barreto, na qualidade de anfitrião, destacou a “colaboração profícua, franca e leal” entre as direções nacional e regional, em que Nuno Magalhães assume a figura de “deputado-padrinho da Região”. O líder do CDS-Madeira apelou ao “sentido de responsabilidade”  do PS e dos partidos que suportam a “Geringonça”. “Alguns têm de sair do estado geral de letargia e assumirem na República aquilo que têm defendido na Região Autónoma”, afirmou, numa referência aos “Estados-Gerais” do PS Madeira. “As proposta que apresentamos têm a ver com obrigações constitucionais do Governo da República para com a Madeira”, disse depois de ter enunciado uma a uma. “São compromissos assumidos pelo senhor primeiro-ministro em relação à dossiers da Madeira”, lembrou.