Albuquerque garante contagem do tempo de serviço “congelado” aos professores e alerta para perigo dos populismos nas sociedades evoluídas

Albuquerque CarotoJorge Moreira
Jorge Moreira e Fernando Caroto, professores, foram alvo de homenagem na Quinta Vigia.

Jorge Moreira e Fernando Caroto lideraram conselhos diretivos de estabelecimentos de ensino de referência, na Madeira e no Porto Santo, respetivamente a Escola Secundária Jaime Moniz e Escola Dr. Francisco Freitas Branco. Passaram recentemente à condição de aposentados. Foram hoje homenageados na Quinta Vigia, com o presidente do Governo a considerar o papel relevante prestado pelos professores alvo desta distinção.

Foi um momento aproveitado por Miguel Albuquerque para garantir que o Governo Regional vai cumprir com todos os compromissos assumidos com os professores, assegurando que a recuperação do tempo de carreira, uma questão que vem suscitando reação enérgica da classe, os nove anos, quatro meses e dois dias, “será objeto de um decreto que será apresentado à Assembleia, em outubro, visando precisamente, ressarcir os docentes dessa contagem de tempo”.

No âmbito desta cerimónia, Albuquerque fez um “desvio” de discurso virados para o populismo e radicalismo que grassam na Europa Governo. Fez um alerta no sentido dos perigos emergentes do populismo que afeta as sociedades, até as mais educadas, as do Norte da Europa. E temos que ter a capacidade de perceber o que é que está a acontecer, uma vez que são sociedades prósperas, das mais evoluídas do mundo, mas que hoje estão confrontadas com fenómenos crescentes de populismo, de radicalismo, de ameaça às liberdades, ao encerramento de fronteiras.

Para Miguel Albuquerque, este “é um desafio para todos nós. Penso que é uma situação que deve ser objeto de reflexão. Toda a gente diz que Portugal está imune a esse tipo de realidades, continuamos a falar num conjunto de falácias. Mas também quem olhava para a Suécia e para a Alemanha, há trinta anos, toda a gente dizia que esses fenómenos não iriam acontecer nessas sociedades”.

O presidente do Governo diz que o objetivo desses movimentos populistas e radicais têm a ver com a criação de sociedades fechadas, autoriárias, que fazem com que os valores que sempre defendemos sejam, agora, postos em causa”.