Bloco de Esquerda acusa: “vendilhões e vigarices há com fartura no PSD”

 

Num texto intitulado “vendilhões e vigarices, há com fartura no PSD”, o coordenador do Bloco de Esquerda-Madeira, Paulino Ascensão, ironiza que “no calor do Chão da Lagoa, regado com alto teor etílico surgiram acusações estapafúrdias contra a esquerda regional. Na ausência de visão estratégica para o futuro da Madeira e de competência para gerir o presente, de quem governa, sobra arrogância e imbecilidade nas acusações lançadas”, fulmina. “Albuquerque imita Maduro, perante o desastre da sua governação atira as culpas para a oposição e para o inimigo externo”.

O BE diz que vendilhão é o PSD, “que enterrou a Autonomia no buraco da dívida, levou a Madeira à bancarrota e condenou muitos madeirenses à pobreza e à emigração, a perderem rendimentos, quando não o emprego, a perderem perspectivas de futuro na sua terra”.

Vigarice gigantesca, diz o Bloco, “foi a dívida oculta que envergonhou os madeirenses e serviu para enriquecer meia dúzia de empresários privilegiados, cujo negócios sempre evoluíram à sombra do Orçamento Regional”.

Por outro lado, o BE também considera vigarice “o PAEF cozinhado pelo vendilhão Miguel Albuquerque e o seu amigo Passos Coelho para afastar Jardim do poder, mas que castigou severamente os madeirenses com a perda do subsídio de insularidade, a subida do IVA e do IRS, o desemprego em muitas famílias e o encerramento de muitos pequenos negócios. Um plano que serviu acima de tudo a ambição pessoal de poder do actual presidente do Governo Regional”, acusa Paulino Ascensão, no comunicado remetido à comunicação social.

Alvo das críticas do Bloco é também o subsídio de mobilidade, que “serve para dar milhões à TAP e aos agentes de viagens” e torna a vida dos madeirenses, dos estudantes em particular, que precisam viajar um “fadário”.

Vigarice, acrescenta o BE, foram as concessão dos portos, sem contrapartidas financeiras para a Região, ou a concessão das inspecções automóveis à revelia do concurso público.

“Vigarice foram as muitas obras inúteis feitas à pressa para preencher a agenda de inaugurações em vésperas de eleições, que não trouxeram desenvolvimento, mas apenas dívida, desemprego e emigração. Vigarice foi não construir o hospital enquanto se desbaratavam milhões”.

O BE considera uma “artimanha” acusar Lisboa pelos males da Madeira, protagonizada por “governantes autoritários e imbecis e cujo objetivo não vai além da manter o poder pelo poder” sem qualquer compromisso com o interesse geral, “como por exemplo Maduro na Venezuela, Kim na Coreia do Norte ou Erdogan na Turquia”.