PS reuniu com Santa Casa de Machico e defende novos apoios para IPSS e mais lares de idosos

Os deputados do PS-Madeira reuniram-se ontem, com a direcção e a provedoria da Santa Casa da Misericórdia de Machico, num encontro inserido no âmbito das jornadas parlamentares socialistas, e que visou aferir as dificuldades da instituição e as suas reivindicações.

Após a reunião, a deputada Sofia Canha salientou o “trabalho excepcional” que é desenvolvido pela Santa Casa da Misericórdia de Machico, no sentido de colmatar uma necessidade de apoio social, não apenas na freguesia e concelho de Machico, mas em toda a ilha, e relevou o “sentido de missão que se sente em todas as pessoas que aqui trabalham e que comungam deste espírito de entrega ao próximo, sobretudo na valência de apoio ao idoso”.

A parlamentar referiu que neste momento a Santa Casa da Misericórdia de Machico tem a lotação esgotada e não consegue prestar mais serviços, porque, até em termos financeiros, das suas receitas, não consegue dar uma resposta ainda maior.

Sofia Canha sustentou que o Governo Regional, através da Segurança Social, e a Câmara de Machico são dois parceiros essenciais desta instituição e voltou a relevar o trabalho que é desenvolvido pela mesma, destacando a importância deste ser “reconhecido pelas próprias estruturas políticas locais e regionais, no sentido de dar os instrumentos financeiros, e não só, necessários para que cumpram esta missão que têm cumprido, mas que ainda querem fazer por cumprir mais e tornar mais extensível a sua acção”.

A deputada deu ainda conta da necessidade de, no quadro da lei geral nacional, ser revista legislação relativamente às taxas que são aplicadas a nível da Segurança Social e dos impostos que são aplicados a estas instituições.

Por outro lado, Sofia Canha referiu que estas reuniões têm vindo a confirmar aquilo que o PS tem vindo a dizer, de que há de facto necessidade de mais lares de terceira idade na Região. “Há uma lista de espera para acesso a lares e, durante os últimos 3 anos, o Governo não construiu nenhum novo lar para a terceira idade”, advertiu. Além disso, acrescentou que a Madeira continua com o problema das altas problemáticas, que custam à Região 46 milhões de euros anuais. Refira-se que o custo médio de uma cama hospitalar é de 211 euros por dia, quando num lar custa 60 euros por dia, pelo que, se estes casos de altas problemáticas estivessem em lares, tal representaria um custo de 13 milhões de euros anuais. “Se as Secretarias da Saúde e da Inclusão e Assuntos Sociais se entendessem nesta matéria, passassem os utentes das altas problemáticas para lares de idosos, a Madeira teria uma folga financeira anual de 33 milhões de euros, valor mais que suficiente para a construção de novos lares e para fazer face ao subfinanciamento na saúde”, vincou.