PSD-Madeira diz que palavra dada não é palavra honrada pelo Governo da República

Ajuda do Estado à reconstrução das habitações ainda não chegou à Madeira.

O PSD-Madeira, através do Secretário-Geral do partido, Rui Abreu emitiu hoje um comunicado intitulado “A mentira socialista”, a propósito das ajudas da República -ou da falta delas- aos estragos provocados pelos incêndios na Madeira em Agosto de 2016.

Eis o teor do comunicado:

  • Hoje, os madeirenses tiveram mais uma prova de que a palavra dada pelo Primeiro-Ministro António Costa não é garantia de nada e de que as promessas que faz podem ser verdade hoje, mas amanhã já não o são.
  • Tem sido assim com todo o processo do novo hospital, com os juros da dívida que são “injustos”, como o próprio Primeiro-Ministro já o reconheceu, o que não o impediu de os usar para fazer chantagem com os madeirenses, e em muitos outros assuntos relevantes para a Madeira, mas que dependem de uma ação do Governo da República.
  • E volta a ser assim em matéria das ajudas prometidas para fazer face aos incêndios de agosto de 2016.
  • Na visita de trabalho realizada por António Costa, ainda o fumo pairava no ar, o Governo da República assumiu o compromisso de reforçar as verbas afetas à Madeira pelo Fundo de Coesão Europeu em 30,5 Milhões de euros, sobretudo para atender à necessidade de garantir a estabilidade e segurança de várias encostas e taludes sobranceiros a estradas regionais e municipais e a aglomerados habitacionais.
  • Mas, pasme-se (ou não), mais uma vez o Governo dá o dito pelo não dito, mudando de ideias como quem troca de roupa.
  • Na altura dos incêndios, encheu-se a boca de palavras de solidariedade para com os madeirenses, mas na hora de concretizar essa solidariedade, o Governo da República volta novamente as costas à Madeira, numa atitude lamentável e inqualificável.
  • Isto numa matéria de extrema relevância, já que em causa está o reforço da segurança e a salvaguarda das populações.
  • O PSD/Madeira só pode, assim, condenar esta forma de fazer política que brinca com as pessoas, que engana e que finge dar e tira com uma ligeireza atroz.
  • Não pode também deixar de exigir ao PS/Madeira e ao emissário principal de António Costa, agora transvertido de candidato a presidente do Governo Regional, que venham prestar contas aos madeirenses.
  • Para quem prometia murros em Lisboa, rapidamente os converteu em abraços e sorrisos, dada a ausência de posição relativamente a esta falta de respeito contínua para com os madeirenses.
  • Na política não vale tudo nem a solidariedade deve ser usada para estes esquemas partidários, que suportam a agenda do atual Governo da República, sustentado pelo PS, pelo BE e pelo PCP.