CDU lamenta que Calheta não tenha um novo centro de saúde, mas sim um centro “recauchutado”

A CDU levou hoje a efeito uma iniciativa junto ao Centro de Saúde da Calheta, com o objectivo de “denunciar mais uma das obras de Santa Engrácia do regime laranja”. O deputado Ricardo Lume aproveitou a oportunidade para considerar que, “tal como o anterior Governo Regional, também o actual executivo, liderado por Miguel Albuquerque, é fértil em fazer falsas promessas às populações”.

Ricardo Lume salientou que, ao longo dos últimos anos, a população da Calheta e a CDU reivindicaram a construção de um novo Centro de Saúde para a localidade, “visto que o actual, pelo seu estado de degradação e por ser uma construção antiga, há muito que já não garantia as condições necessárias a um normal funcionamento de uma unidade de saúde, a que se junta igualmente o facto do edifício em questão não pertencer à Região, mas sim à Misericórdia da Calheta”.

A CDU constata que esta reivindicação foi ganhando expressão, de tal forma que o anterior Governo Regional começou a projectar um novo Centro de Saúde, e até mesmo uma nova localização. A construção do novo Cento de Saúde da Calheta, diz a CDU, foi anunciada com pompa e circunstância como uma das mais importantes obras na área da Saúde que começaria em 2016.

No entanto, apontam os comunistas, pouco mais de um mês passado da discussão do Orçamento Regional para 2016, o Governo Regional alterou completamente a sua intenção de construção do novo Cento de Saúde para a Calheta, para o qual, refira-se, já havia previsto uma dotação orçamental de 2,65 milhões para 2016 (dos quais 2,23 milhões seriam provenientes de fundos comunitários), e que a conclusão das obras estava prevista para 2017, com um custo total de cerca de 7 milhões de euros, dos quais, segundo o Governo Regional, 86% seriam financiados pela União Europeia.

“O Governo Regional recua na decisão tomada em sede de Orçamento da Região, optando por “recauchutar” o actual Centro de Saúde da Calheta que, relembre-se, nem é propriedade da Região. O que é certo é que dois anos depois nem as populações têm um centro de saúde novo nem as obras de recuperação do velho centro de saúde começaram. Este é mais um exemplo de uma Obra de Santa Engrácia da nossa região, mas neste caso com uma agravante, pois o que foi prometido as populações da Calheta foi um centro de saúde novo e não um centro de saúde “recauchutado””, lamenta a CDU.