Câmara foi “força de bloqueio” na conclusão da Ponte Nova, reage o Governo Regional

Ponte Nova AANum comunicado intitulado “Pontes históricas e histórias da Carochinha”, a secretaria regional dos Equipamentos e Infraestruturas, que tutela as obras públicas, reage a declarações produzidas hoje pelo vereador da Coligação sobre a aprovação do processo de classificação das pontes históricas do Funchal.

Diz o documento do Governo que “a Câmara acordou tarde e a más horas neste processo. O Governo Regional é que deliberou sobre manutenção da Ponte Nova e da Ponte da Cabouqueira, através das alterações introduzidas aos projetos de regularização, tanto da Ribeira de Santa Luzia como da Ribeira de São João e, muito antes, de qualquer intenção de classificação de interesse municipal. Disso deu conhecimento à CMF, em processo enviado a 07/05/2017 (ofício nº: 755 da SRAPE) e, mais recentemente, a 24/04/2018 e 04/06/2018 (ofícios nº. 1906 e 2440 da SREI), pelo que se prova que as declarações do vereador Bruno Martins, esta tarde, são mal-intencionadas ou revelam impreparação”.

O município, neste processo, diz o Executivo, “não foi mais do que uma força de bloqueio, ao impedir a conclusão da reabilitação da Ponte Nova com um embargo ilegal e pueril. Agora, na perspetiva de um desfecho menos nobre, relativamente ao processo instaurado no tribunal pelo Governo Regional, a autarquia, vestida com pele de cordeiro, tenta uma fuga para a frente, com a montagem de uma ilusão, que tenta “vender” aos seus munícipes.

A secretaria de Amílcar Gonçalves revela que “os elementos recentemente entregues pela Câmara do Funchal com a sua solução para a Ponte Nova não são mais do que um reconhecimento e uma assunção de culpa. Afinal, a Ponte Nova tinha que ser mesmo reforçada, os passeios tinham que ser demolidos a bem da verdade patrimonial, afinal tinha que ser feito um escoramento metálico provisório e retirado o enchimento, como sempre argumentou o Governo Regional”.

O Governo diz que se perdeu “inutilmente um ano, com prejuízo claro para os cidadãos. Desrespeitaram-se as instituições e os funchalenses e desbarataram-se dinheiros públicos. Isto é tudo, menos interesse público e, muito menos, interesse municipal, se consideramos a cronologia dos factos – sim, dos factos – e não aquilo que os responsáveis autárquicos do Funchal tomam por verdade”.