PCP apresenta protesto contra a TAP na ALRAM, por condicionar a mobilidade dos residentes no Porto Santo

O PCP veio denunciar hoje que a ilha do Porto Santo “está a viver um tempo de isolamento”. Aquele espaço “tem uma economia dependente da sua pequena área territorial e fortemente condicionada pelos processos da sazonalidade com incidências negativas para o tecido económico e social”, referem os comunistas, que consideram o transporte regular por via a aérea um vector determinante para o desenvolvimento da ilha do Porto Santo.

Ora, salientam, “a regularidade do transporte aéreo de e para a ilha do Porto Santo sofreu, outra vez, alterações desfavoráveis que correspondem a estruturais bloqueios ao desenvolvimento daquela ilha e um intolerável ataque às condições e direitos à mobilidade dos cidadãos no interior do espaço territorial português”.

A TAP, no final do mês de Outubro, deixou de garantir as ligações regulares e directas com Lisboa ao longo da semana. Passou a existir apenas um voo semanal, ao sábado. Nos dias em que o “Lobo Marinho” não faz viagem, o Porto Santo depende inteiramente de um pequeno avião de 19 lugares na rota Porto Santo – Funchal – Porto Santo, refere o PCP.

“Para além de toda esta situação corresponder a uma inaceitável limitação aos direitos à mobilidade dos cidadãos no interior do território nacional, constitui um bloqueio ao desenvolvimento local e em especial, à economia do turismo no Porto Santo. Os cortes impostos pela TAP nas ligações aéreas com a ilha do Porto Santo agravam os processos de isolamento e atentam contra os princípios de uma justa política de mobilidade aérea”, queixa-se este partido.

Estes cortes nas ligações aéreas “não são nada são conformes com aquele que deveria ser um dos contributos e funções distintivas da TAP para o aprofundamento da coesão territorial, da unidade nacional e para a dinamização do desenvolvimento do País”. Por isso, o PCP decidiu apresentar hoje na Assembleia Legislativa da Maderia um voto de protesto contra a TAP, por causa das “limitações ao direito de mobilidade dos cidadãos”.