Daniel Sampaio vem à Escola Jaime Moniz, com apoio da CRIAMAR, para falar sobre indisciplina

In Facebook do Professor Daniel Sampaio.

O Professor Daniel Sampaio será o preletor de uma conferência na Escola Secundária de Jaime Moniz, no dia 28 de abril, sobre a “Indisciplina na Escola”.

O conceituado médico psiquiatra português, que se tem destacado no nosso país com um longo e profícuo trabalho na Psiquiatria da Adolescência e Terapia Familiar, com mais de duas dezenas de livros editados, desloca-se à Madeira no âmbito de um Protocolo entre a Escola Secundária Jaime Moniz e a CRIAMAR-Associação de Solidariedade Social para o Desenvolvimento e Apoio a Crianças e Jovens que tem contribuído para dinamizar estas iniciativas, proporcionando à comunidade escolar o debate de questões importantes no âmbito da dinâmica e mundividência escolares. A iniciativa é dinamizada e coordenada pelo projeto interdisciplinar sobre a indisciplina da ESJM.

O Professor Daniel Sampaio, que dirigiu também o Serviço de Psiquiatria do Hospital de Santa Maria, fará uma sessão de trabalho, pelas 11h30, na sala de conferências, dirigida exclusivamente a professores sobre as várias vertentes da indisciplina, nomeadamente a análise de situações concretas e estratégias de intervenção. Na parte da tarde do mesmo dia, pelas 15h00, o médico e escritor fará uma conferência para os estudantes e demais público interessado.

O Professor Daniel Sampaio tem refletido, em contexto escolar, sobre as diversas realidades que se colocam aos jovens, professores e famílias. No ano passado, esteve na ESJM, também no âmbito do Protocolo com a CRIAMAR, para falar do Bullying.

Durante largos anos escreveu para o jornal nacional “Público” uma crónica semanal com grande difusão nacional. Neste jornal, identificava-se nestes termos: “Quando era adolescente escrevia num jornal, o Diário de Lisboa Juvenil. Pensava que um dia seria jornalista ou escritor, e que as pessoas de sessenta anos eram velhíssimas e correriam grande perigo de ser atropeladas. Fiz muitas coisas na vida: tenho três filhos, escrevi 22 livros, plantei só uma árvore, uma cerejeira na Escola Secundária Daniel Sampaio (de que sou patrono). Incursões na política foram poucas, mas sempre apoiei o meu irmão, que foi dez anos Presidente da República. Hoje sou sexagenário e tenho outros planos: escrever mais livros (espero que muita gente leia o novo, Labirinto de mágoas, sobre o casamento); ensinar cada vez melhor na Faculdade de Medicina de Lisboa (onde sou catedrático de Psiquiatria); estar bem com a família e os amigos, com tempo para brincar com os sete netos; e continuar a ler e a ouvir música clássica.”

Recentemente, os distúrbios causados por alguns jovens finalistas portugueses no sul de Espanha levou o médico, através do “Público”, a apelar a uma maior responsabilização da juventude pelos seus atos, lamentando que alguns pais tenham enveredado pela desresponsabilização dos filhos. Os incidentes em Torremolinos  são mais um exemplo que demonstra a importância de definir previamente os limites e acordá-los à partida com os protagonistas das situações descritas.